A Fórmula Indy e a internet



A expansão da Internet no Brasil em fins dos anos 90 (graças ao advento dos provedores gratuitos) propiciou aos fãs de esportes pouco exibidos na tv aberta uma poderosa ferramenta de informações que criou uma rede vínculos entre os amigos da velocidade. Com a Fórmula Indy não poderia ser diferente, afinal aqueles anos foram o “começo do fim” que tanto já falamos por aqui. Passados praticamente dez anos, ainda me orgulho muito de ter criado e mantido por alguns anos o site INDYBRASIL, pioneiro na cobertura exclusiva da categoria naquela época – e em breve aqui no nosso Blog posso recordar um pouco mais daquela história.

Nesses anos todos, a Internet desenvolveu-se imensamente até chegar ao ponto onde estamos, com o “usuário” interagindo praticamente em tudo. E é com muita satisfação que vejo a conexão fãs-categoria (como instituição) usando e abusando de quase todas as ferramentas disponíveis. Para um momento de reconstrução da Fórmula Indy, a proximidade com os fãs é prioridade zero. E sites – principalmente aqueles de relacionamento – são fontes máximas de como isso é bacana e saudável pela categoria.

No Orkut, já há um bom tempo disseminado no Brasil, encontramos diversas comunidades relacionadas a categoria. Desde aquelas focadas em pilotos (Helinho e Tony tem bastante fãs) até as relacionadas diretamente a Indy:‘Fórmula Indy / Indycar Series’ (http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=1156269) e ‘Indy Racing League & CART’ (http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=140346), ambas sempre com postagens constantes. Interessante sentir a opinião do público da categoria nesses sites, pois quase nunca essa turma tem espaço para isso em outras mídias.

Em outro site de relacionamento, o Facebook (que possui um caráter mais internacional), entramos na esfera mais bacana: o contato da instituição Fórmula Indy com os fãs. A categoria tem uma perfil próprio (http://www.facebook.com/IndyCarSeries) e conforme a dinâmica desse site, é possível que o dono vá postando pequenos textos e recebendo comentários visíveis aos demais amigos. E esse contato direto é muito legal. Vejam: no domingo as 20:47 Diane Flores, uma senhora com um bebê no colo na foto do perfil, disse “Go Scott!!!”, enquanto Nick Citrone falou ontem as 21:37 “When is Oriol gonna get a ride?!”. Difícil imaginar para um fã uma situação de contato tão próxima quanto essa.

Ainda dentro dos sites considerados oficiais (e isso significa links na página inicial da categoria, sinal de o quanto isso é importante para a instituição) destaque também para o Twitter. Também com bastante adeptos no Brasil, esse site baseia-se no “What are you doing?”, com um espaço de 140 caracteres para você descrever o que esta fazendo nesse momento. Diversos políticos e outras instituições captaram essa força da instantaneidade e já criaram seu perfil. O da categoria (http://twitter.com/indycarnation) geralmente é atualizado com notícias diárias, e para quem se coloca com seguidor das postagens, isso aparece em sua página inicial do Twitter após a pessoa escrever. Ou seja, você acaba sendo atingido rapidamente por uma notícia ocorrida bem na hora, como “Ryan Hunter-Reay moving over to an ABC Supply Co./A.J. Foyt Racing entry for the remainder of the IndyCar Series season”, como o Twitter da Indy mostrou no dia 12 último.

A categoria também está em outros sites de maneira oficial (http://www.youtube.com/indycars e http://www.myspace.com/indycarnation são destaques), reforçando a intenção real de estreitar a relação com os fãs. Essas são excelentes iniciativas, pois dá a categoria uma imagem de atualização com o pensamento do público jovem (transmitindo contemporaneidade para eles). Isso abre espaço para o surgimento de novos aficcionados pela velocidade, puxando pelo vácuo um maior crescimento para a categoria. E esse é um caminho que precisamos trilhar mais e mais!

2 comentários:

Anônimo disse...

Ae pessoal tem um canal do You Tube que tem umas corridas da Indy e da Cart e outras categorias tambem, vale a pena ver.
http://www.youtube.com/profile?user=racingfan99&view=videos

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Anônimo disse...

Antes da Internet era um inferno conseguir informações. No final dos anos 80 a Folha de São Paulo fazia uma cobertura mais ou menos decente da Fórmula Indy, tanto que no início de 1987 até publicou uma espécie de guia do campeonato daquela temporada, com desenho de pistas e tudo.

Lembro até hoje como fiquei intrigado com os desenhos de algumas pistas, como Cleveland e a sua elevada velocidade média.

As informações não eram fáceis e talvez por isso mesmo as coisas pareciam tão interessantes. A coisa só foi melhorar um pouco quando lançaram a revista Grid, no começo de 1989, mas que infelizmente teve vida curta acabando antes do final daquele ano. Eles publicaram um tabelão com o desenho das pistas e os nomes dos pilotos e equipes.

Outra coisa legal que lembro da época foi o guia que a Folha de São Paulo fez da Indy 500 de 1989, com uma página inteira mostrando o desenho da pista e os pilotos participantes, com uma breve biografia de cada um.

Uma coisa que me surpreendia naqueles anos é que até o Fantástico, da Globo, mostrava imagens da Indy, principalmente quando o Emerson vencia. Lembro até hoje da vitória do Emerson em Portland, em 1989. Não assisti a corrida ao vivo na Band mas assisti a noite algumas imagens no Fantástico. Foi ali que fiquei sabendo que Emerson vencera e ficara sem combustível na volta da vitória, pegando carona no carro do Bobby Rahal...

A revista Grid voltaria por volta de 1994, um pouco antes da Internet, mas acabaria novamente. Os caras que levavam a coisa na época hoje têm outra revista, a Racing.

A Internet surgiu por volta de 1996 e com ela a avalanche de informações sobre carros, pilotos, equipes, categorias, pistas, etc...

Com isso acho que uma boa dose de romantismo acabou, mas querem saber? Prefiro muito mais a situação agora do que a pré-história pré-Internet...

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