Além do automobilismo, Gerald, é um dos grandes empresários norte americano, é presidente da Indeck Group of Companies, empresa líder mundial em locação de caldeiras, além de ser proprietário de usinas elétricas da mesma. É sócio em rede hoteleiras e de Spa, como o Mountain Grand Resort. Também é um dos donos da Cosworth, junto com Kevin Kalkhoven. Como se não bastasse tudo isso, ele ainda se dedica a sua equipe da Fórmula Mundial, uma das principais equipes da categoria, a Forsythe Championship racing.
A equipe Forsythe que vimoss nas pistas da Indy, não nasceu em meados dos anos 90 com apoio da Player's como muitos pensam, o surgimento da equipe de Gerald Forsythe, vem de tempos mais longínquos, mais precisamente em 1983.
No início de 1983, Gerald Forsythe tinha planos para inscrever-se na disputa das 500 milhas de Indianapolis, mas acabou participando de todo o campeonato. O piloto escolhido por Gerald, era o italiano Teo Fabi, que trazia consigo o patrocínio da marca Skoal Bandit. A equipe utilizava o número 33, e contava com os chassis March, motores Cosworth e pneus Goodyear.
A estréia veio na pista de Atlanta, onde Teo Fabi conseguiu largar na nona posição, e terminou na vigésima posição.
Nas 500 milhas de Indianapolis, Teo Fabi fez a pole position com a média de 207.395 mp/h, fez a volta mais rápida da corrida(na terceira volta da corrida), com 197.507 mp/h, liderou da primeira a vigésima sexta volta, quando teve um problema em seu tanque de combustível. Abandonou na quadragésima sétima volta, mas foi escolhido o novato do ano das 500 milhas.
O piloto de Gerald, conquistaria mais cinco poles no ano, e ainda venceria outras cinco corrida. A primeira vitória da equipe viria no dia 14 de agosto de 1983, nos 500 quilômetros de Pocono. Assim, a equipe Forsythe terminaria na segunda posição no campeonato de pilotos, fazendo uma excelente temporada em sua estréia na Fórmula Indy.
Se o ano de de estréia foi ótima, o segundo ano foi uma tragédia para a equipe. A equipe se quer chegou a disputar toda temporada. Teo Fabi corria na Fórmula 1, e fez as sete primeiras provas no campeonato da Fórmula Indy. O melhor resultado conquistado, foi um terceiro posto em Portland. Como a situação entre equipe e piloto não estava bem, devido a disputar os dois certames, Teo Fabi e Gerald entraram em um acordo para Corrado Fabi, irmão de Teo Fabi, correr o resto do ano, mas os maus resultados fizeram com que Corrado disputasse apenas quatro etapas, o melhor resultado foi um sexto lugar em Phoenix. Kevin Cogan ainda chegou a disputar duas etapas pela equipe.
Após os fracassos de 1984, Gerald Forsythe decidiu retirar sua equipe e seus investimentos da Fórmula Indy, se concentrando apenas em negócios fora do automobilismo.
Uma década depois, Gerald retorna ao automobilismo. Ainda em 1993, Gerald Forsythe, Barry Green e a Player's Ltda. do Canadá fazem uma parceria para lançar um piloto canadense na Fórmula Indy. Mas os planos ainda são pequenos, e eles decidem entrar na Toyota Atlantic, com o filho do lendário Gilles Villeneuve: Jacques Villeneuve. A equipe ainda contrataria o engenheiro Tony Cicale que viria a se consagrar no meio da Indy.
Após a má estréia em Phoenix, Jacques Villeneuve começa a mostrar porque tinha tantos créditos com as pessoas envolvidas na Player's Forsythe Green, chegando em segundo lugar em Long Beach, segunda etapa do campeonato e vencendo a terceira etapa, em Atlanta. Mais uma vez Gerald terminaria um campeonato em segundo lugar no seu ano de estréia, assim como em 1983, dez anos depois, seu piloto foi vice campeão da categoria de acesso a Fórmula Indy, e novamente seria o novato do ano e também com cinco vitórias.
Em 1994, Gerald e Barry decidiram mudar para a principal categoria de automobilismo da América: A Fórmula Indy. Nas 500 milhas de Indianapolis, Jacques Villeneuve conseguiu largar na segunda fila na quarta posição e chegar em segundo lugar na corrida, sendo o novato do ano nas 500 milhas. Em seu primeiro ano na categoria, a equipe conquistou apenas uma vitória, em Elkhart Lake, e novamente a equipe conquistou o título de novato do ano para seu piloto. A temporada toda foi dominada pela Penske, que tinha três carros no grid. Jacques Villeneuve a fim do campeonato ocupou a sexta posição na tabela de pontos.
No ano seguinte, ocorre a separação entre Barry Green e Gerald Forsythe. Barry fica com a Player's, (que queria uma equipe totalmente canadense) e com Villeneuve, que é campeão da temporada 1995. Gerald Forsythe, com uma equipe mais modesta, conta novamente com os trabalhos de seu ex-piloto Teo Fabi, que novamente correria o número 33 em seu carro. O ano não foi fácil, e o melhor resultado da equipe foi um terceiro posto em Long Beach e uma pole em Milwaukee. Gerald Forsythe, ainda tinha o apoio da Player's, mas não na Indy, e sim na Indy Lights, categoria de acesso a Indy. Seu piloto era o jovem Greg Moore, que se sagrou campeão com dez vitórias em doze corridas disputadas.
Em 1996, a cervejaria brasileira Brahma decidiu investir na Indy, e por se considerar a cerveja "Nº 1", escolheu a equipe Green para estampar sua marca, devido a ela ter direito a usar o Número 1 no carro neste ano, já que no ano anterior a Green foi campeã da Indy. Com isso o patrocinador obrigava que fosse um piloto brasileiro na equipe, e os planos da Player's de ter uma equipe canadense foi por água a baixo. Gerald aceitou a proposta de ter uma equipe totalmente canadense, e contou com Gregory William Moore para pilotar seu carro em 1996, com a poderosa Player's Ltda. por trás. Trocou de motor Ford, para o Mercedes. Em sua primeira temporada, Greg Moore conseguiu três pódium.
Com mais experiência de Greg Moore e mais investimento da Player's, a equipe pode oferecer um carro melhor para o piloto canadense em 1997. Greg conquistou duas vitórias no ano e terminou em sétimo lugar no geral, mas lutou pelo título durante o campeonato.
Em 1998, Gerald decide colocar mais um carro na pista, e com o seu patrocinador apoiando e querendo uma equipe ainda na totalidade canadense, ele contrata o novato do ano da CART de 1997, Patrick Carpentier. Ao lado de Carpentier, Greg Moore pela primeira vez tem um companheiro na qual possa trocar informações para as corridas. Em todas as corridas Greg Moore ficou a frente do companheiro, e chegou a assumir a liderança do campeonato, mas terminou apenas em quinto lugar. Carpentier fez uma péssima temporada e acabou em décimo nono.
No ano de 1999, a McDonald's resolveu entrar na CART, e Gerald Forsythe não perdeu tempo, comprou o resto da Tasman Motorsports, e criou uma segunda equipe própria na categoria, a Mcdonald's Tasman Forsythe Racing. A equipe tinha motores Honda, chassis Reynard e pneus Firestone e o piloto era Tony Kanaan. O piloto brasileiro conquistou uma pole e uma vitória no ano. A equipe "principal" de Gerald, a Forsythe, continuou com Greg Moore e Patrick Carpentier para guiar seus carros. Greg mais uma vez foi superior e venceu a etapa de abertura em Homestead, já Carpentier conquistou um segundo lugar em Vancouver. Infelizmente Gerald não contava com o trágico acidente de Greg moore na ultima etapa de 1999, em Fontana, onde o piloto canadense perdeu sua vida.
Em 2000, Gerald resolveu retornar aos motores Ford, e contratou o jovem Alex Tagliani para ser seu piloto, no lugar de Greg Moore. A nova dupla de pilotos da Forsythe durante o ano todo teve dificuldades, e logo na segunda etapa Carpentier já não pode correr devido a uma fratura na mão, Memo Gidley foi seu substituto em Long Beach e Jacarepaguá. na etapa brasileira o novato Tagliani fez a pole position da prova. Após seu retorno a categoria, Carpentier conquistou um terceiro lugar em Nazareth. Na etapa de Laguna Seca, o dono da equipe Forsythe contratou o experiente piloto Bryan Herta para a disputa desta prova, devido a boa retrospectiva do piloto norte americano nessa corrida nos últimos dois anos, onde obteve a vitória por duas oportunidades, aproveitou ainda o seu terceiro carro para fazer o anúncio da entrada do GP da Inglaterra de Fórmula Mundial no ano de 2001, no circuito oval de Rockingham, no qual ele é um dos sócios dos proprietários do circuito inglês.. Os planos iniciais de Gerald era mais uma vez ter dois carros na Forsythe, e um carro com o apoio da Mcdonald's novamente e apoio dos chassis Swift, mas ficou apenas no papel este projeto.
No ano de 2001, a equipe deu um grande salto de qualidade mais investimento da empresa tabagista e Alex Tagliani mais experiente conquistou três pódium, e depois de dois anos e meio sem vencer, a equipe venceu com Patrick Carpentier que conquistou sua primeira vitória, e ainda mais três pódium.
Com a saída da Penske para a IRL, a equipe mostrou que poderia disputar o título de 2002. Patrick Carpentier conseguiu duas vitórias no ano em Cleveland e Mid Ohio. Patrick ainda conquistaria mais três pódium e Alex mais dois, a equipe estava cada vez mais forte para o título que era questão de tempo.
Sempre contando com pilotos canadenses, a Forsythe seguiu essa risca em 2003. Mas faltava um piloto canadense passar pela equipe, o maior piloto canadense da Fórmula Mundial: Paul Tracy. Alex Tagliani foi dispensado por Gerald e contratado por Paul Gentizolli, amigo de Gerald que criou a equipe RocktSports, e com o apoio da Player's, Alex disputou a temporada pela nova escuderia. Patrick Carpentier continuou na equipe, agora ao lado de Tracy. Logo nas três primeiras corridas, Paul Tracy mostrou que este seria o ano da Player's Forsythe Racing, vencendo os GP's de St. Petersburg, Monterrey e Long Beach. Patrick Carpentier venceu a etapa de Laguna Seca. Tracy ainda venceria mais quatro provas e assim conquistaria o título para a equipe. Mas no melhor ano de sua vida, a equipe sofre a maior baixa de sua história: o fim da parceria com a Player's devido a lei anti-tabagista que entrou em vigor no Canadá em outubro de 2003.
Com o Nº 1 estampado em seu carro no ano de 2004, mas sem o apoio da poderosa Player's, Gerald recorreu a divulgar a sua própria empresa em seu carro: a Indeck. Trouxe ainda para seu time o mexicano Rodolfo Lavin, que vinha com a grande marca da cervejaria de seu país: a Corona, estampada em seu carro. Mesmo com um orçamento limitado, Gerald segurou Patrick Carpentier e pela primeira vez disputou a temporada inteira com três carros com o nome de Forsythe Championship Rac
ing. Tracy novamente venceu a etapa de abertura do campeonato, mas durante o ano todo conquistou mais uma vitória e Patrick Carpentier novamente venceu a etapa de Laguna Seca. Rodolfo Lavin conquistou a segunda posição em Elkhart Lake, a melhor posição de chegada de sua carreira. A equipe perdeu o título para a Newman Haas, Carpentier e Tracy ficaram em terceiro e quarto colocados no campeonato respectivamente, enquanto Lavin terminou na décima quarta colocação.
Em 2005, a equipe perdeu o canadense Patrick Carpentier para a equipe Red Bull Cheever da IRL, e contratou de última hora o mexicano Mario Dominguez. Paul Tracy ainda continuou na equipe. Mario Dominguez não conseguiu nenhuma vitória no ano, mas Paul Tracy venceu os GPs de Milwaukee e Cleveland, terminando em quarto lugar no campeonato, enquanto Mario terminou em nono lugar, conseguindo em Denver um segundo lugar, seu melhor resultado do ano.No ano de 2006, a equipe começou com os mesmos pilotos do ano anterior, porém a partir da quinta etapa do campeonato em Portland, Gerald trocou Mario Dominguez que foi para a Dale Coyne pelo norte-americano A.J. Allmendinger que veio da equipe RuSport. Melhor impossível para Gerald já que A.J. venceu as três primeiras etapas que disputou pela Forsythe: Portland, Cleveland e Toronto. Allmendinger ainda venceria em Denver e Elkhart Lake naquele ano. O norte americano disputou o título até a penultima etapa do ano na Austrália, quando naquele fim de semana aceitou uma proposta milionária de seu patrocinador pessoal, a Red Bull para correr na Nascar em 2007. Gerald o demitiu na última etapa no México, dando oportunidade para o mexicano David Martinez correr em casa. Paul Tracy não teve um bom ano e não venceu nenhuma corrida, seus melhores resultados foram três segundos lugares em Houston, Toronto e Montreal, terminando o ano em sétimo lugar, o canadense ainda sofreu um acidente em sua casa e não pode correr a última etapa no México. Buddy Ruce teve a chance de correr com o #3, e terminou na décima colocação no circuito Hermanos Rodriguez.
Em 2007, a equipe começou o ano como em 2005, com Paul Tracy e Mario Dominguez, mas na segunda etapa do ano em Long Beach, o canadense bateu forte e não pode correr nas ruas californianas e em Houston. Gerald chamou Oriol Sérvia para guiar no lugar de Tracy. Oriol estreou em segundo lugar no GP de Long Beach. Mais uma vez insatisfeito com Mario Dominguez, Gerald o demitiu e deixou Oriol Sérvia continuar na equipe após a volta de Tracy. O piloto catalão ainda conseguiria mais dois pódios no ano, terminando em sexto lugar no campeonato. Já Paul Tracy venceu o Grande Prêmio de Cleveland, mas ficou somente na décima primeira posição do campeonato. No final de 2007 era anunciado a parceria entre Gerald Forsythe e Dan Pettit que veio da equipe PKV Racing para somar forças com o americano.
Gerald Forsythe era um dos administradores da ChampCar, e não aceitava a unificação da ChampCar World Series com a IndyCar Series nos moldes em que foi realizado o acordo, por isso deciciu não correr na IndyCar em 2008. Sendo assim, correu apenas a etapa de Long Beach neste ano, etapa válida pela IndyCar e última prova da história da ChampCar, inscrevendo três carros: o canadense Paul Tracy, o mexicano David Martinez e o francês Franck Montagy. A última corrida da história de Gerald Forsythe na Indy, marcou o segundo lugar do piloto francês, conquistando um pódio para Gerald.
Mas se engana quem pensa que o velho apaixonado por automobilismo parou com o que tanto ama. No ano de 2008, Forsythe preferiu manter a equipe que já tinha nas categorias de base da ChampCar, a Fórmula Atlantic. Seus pilotos foram o canadense James Hinchcliff e os mexicanos David Garza e David Martinez (este não fez todo o campeonato). James venceu o GP de Long Beach e terminou na quarta colocação do campeonato.
Para 2009 a Forsythe continua com sua equipe na Atlantic, porém espera-se que volte a competir na IndyCar Series, já que é uma equipe detentora de um título e uma das mais tradicionais da categoria.
3 comentários:
Em 2001 a Forsythe fez um acordo com a Zakspeed, uma equipe alemã tradicional que chegou a correr na Fórmula 1, e alinhou um terceiro carro, o de Bryan Herta.
O esforço de Gerry Forsythe para salvar a Champ Car foi mais do que comovente, ele não merecia o que foi feito com a tão badalada "reunificação", que acabou virando uma incorporação da Champ Car pela IRL.
Ele chegou a salvar da demolição o autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México, para que a Champ Car corresse ali, comprou a categoria quando a CART faliu ao final de 2003 (juntamente com Kevin Kalkhoven (KK) e Paul Gentilozzi) e como se não bastasse, comprou a Cosworth junto com o KK quando a Ford a colocou a venda, só para garantir a continuidade do fornecimento dos motores a Champ Car. E de quebra sustentou a equipe Forsythe na Champ Car depois que o patrocínio canadense dos cigarros Players foi embora.
É por essas e outras que torço fervorosamente para que a história do motor padronizado a partir de 2010 pegue na Fórmula 1 e que ele seja fornecido pela Cosworth, pois Gerry Forsythe merece essa vitória, pela sua história e pelo homem que é. Ele precisa rir por último.
Muito legal o blog e a matéria sobre a equipe forsyhe. Ficou faltando uma foto do canadense Greg Moore. Feliz 2009 aos colaboradores.
TÁ DE FÉRIAS?
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