Gonzalo Rodriguez: Apenas uma corrida na CART

Jovem piloto uruguaio morre nos treinos para o GP de Laguna Seca em 1999

O piloto Gonzalo Rodríguez, sem dúvida nenhuma, era uma das grandes esperanças uruguaias, com relação ao automobilismo mundial. Nascido em Montevidéu, no dia 24 de janeiro de 1972, filho de Jorge Rodríguez, (conhecido piloto de rally e de turismo no Uruguai), iniciou sua carreira no Kart, aos treze anos e desde então, sua carreira esportiva, estava marcada por várias façanhas.

O pai Jorge Rodríguez, estava no auge da carreira, defendendo a Ford no turismo uruguaio, quando se via um menino andando pra lá e pra cá nos boxes, ao lado de sua mãe e seu irmão."Gonchi", assim era chamado o piloto Gonzalo Rodríguez, pelo seus colegas.

Motivado pela família, assim como todo jovem, começou no kart, na categoria Júnior. Da li em diante, foi uma carreira de sucessos. Resultou, nos títulos de todas as categorias do kart uruguaio, foi por duas vezes no campeonato mundial de kart. Na segunda vez, na pista de Valence na França, obteve a volta mais rápida na corrida, mas por uma falha mecânica, não pode terminar a prova. Era tempos de Fisichella, Coulthard e Jan Magnussen.

Com toda a lógica, e a magnífica carreira no kartismo, deixou o kart, e foi para as disputas de Fórmula em 1989. Iniciou na Fórmula 4, onde a competitividade era a marca desta categoria uruguaia. Com menos experiência que seus adversários, Gonchi Rodríguez, conseguiu o passaporte definitivo para o automobilismo europeu, após a conquista do título com muita garra e talento da Fórmula 4 nacional. Os sul americanos de Fórmula foram pequenas escalas de Gonzalo, cujo o objetivo era ir o mais rápido para a Europa.

Desembarcou na Europa com seu maior rival na Fórmula 4, Marcelo Bresciani. Sem recursos, sm conhecer os circuitos, e conhecendo pouco de aerodinâmica, ficou dois anos na Espanha disputando a Fórmula Ford. Em 1992, foi vice campeão, com duas vitórias. No ano seguinte a Fórmula Renault espanhola, era seu destino, ficando em terceiro, com uma única vitória. Mas o uruguaio teve uma encruzilhada pela frente, como estava sem grana, Marcelo Bresciani, retornou para o Uruguai, Gonchi tinha duas opções: voltar também, e ir em diante com muitas dificuldades. A decisão para ele foi fácil, chegar ao máximo, ou seja, ir em frente.

Foi na Fórmula Renault que Gonzalo apareceu para a imprensa automobilística, e seu lançamento definitivo na Europa. Lá teve muitos apelidos, mas o mais atraente, foi um grato jornalista da revista AutoSport a apelida-lo de "Índio". Em 1994, Gonzalo Rodriguez, foi o estreante do ano na Fórmula Renault Britânica, com uma vitória, três segundos lugares, e cinco terceiros.

Mas no Grande Prêmio de Macau, que sempre é a encerra do ano das Fórmula 3, o jovem Gonzalo se envolveu num grave acidente com outros carros.

Sempre na Inglaterra, Gonchi, partiu para a F-3000 inglesa, onde estava lutando pelo título, com um Reynard Ford. Onde ficou até 1997.

Em 1998, entra para a F-3000 Internacional, onde teria um desafio entre sul americanos: Gonzalo Rodriguez do Uruguai, Max Wilson do Brasil e Juan Pablo Montoya, da Colômbia. Obteve duas vitórias, e era um dos principais adversário do colombiano que se sagrou campeão. Terminou na sétima posição, defendendo a equipe Astromega.

Em 1999, era hora de colher os frutos do trabalho, o sonho de Gonzalo Rodriguez era chegar a Fórmula 1, a equipe Benetton o chamou para fazer um teste. Fez outro teste espetacular em Sebring, pela equipe Penske.

Venceu o Grande Prêmio de Mônaco da Fórmula 3000, e daí entrou na Fórmula Mundial pela porta da frente, entrando na equipe mais tradicional da categoria, Roger o chamou para correr em Detroit, claramente ele aceitou. Largou em 23º, e terminou na décima segunda posição, marcando seu primeiro, único e ultimo ponto na categoria mais rápida do mundo.

Fez apenas aquela corrida, e voltou para disputar a F-3000, onde era segundo colocado no campeonato com 27 pontos. Mais o bom desempenho naquela prova de Detroit, não deixou dúvida, Roger Penske o chamou novamente.

A prova era Laguna Seca, Gonzalo que era apenas um garoto tentando sua sorte na Europa, teve sua chance na América, já tinha um teste marcado com a equipe Patrick. As 14:10 minutos (horário do Uruguai) do dia 11 de setembro de 1999, Gonzalo perdeu a vida em um trágico acidente, na curva "Corkscrew", ou "Saca Rolha", estimasse que Gonzalo estava a 250 quilômetros por hora (não na hora do impacto, quando perdeu o controle do carro).

Gonzalo era tido como uma das principais revelações do automobilismo uruguaio que não tem tantas tradições neste esporte. O jovem uruguaio disputou oficialmente apenas a prova de Detroit na Fórmula CART.











Data de nascimento: 24 de Janeiro de 1972

Data de seu falecimento: 11 de Setembro de 1999

Local: Montevidéu

Pai: Jorge Rodríguez, piloto de Rally

Mãe: Lílian Rodríguez

Inicio no Kart: Campeão Nacional de 1985

Inicio em Fórmula: Fórmula Renault uruguaia 1989

Estréia na CART: 12º colocado em Detroit, equipe Penske

1 comentários:

Anônimo disse...

O carro de Gonzalo Rodriguez escapou na entrada da Saca-Rolha em Laguna Seca, bateu violentamente numa barreira de pneus e caiu do outro lado de um muro.

Ele provavelmente ainda estava aprendendo a pista e algumas voltas antes havia cometido um erro no mesmo local, mas sem maiores consequências.

Apesar da grande violência do acidente, li certa vez que o piloto teria provavelmente sobrevivido se naquela época já fosse obrigatório o uso do HANS Device, para prevenir a fratura da base do crânio.

Naquele sábado os pilotos não foram para a pista para o treino classificatório e valeram os tempos do treino da sexta-feira. A corrida aconteceu no domingo sem a presença da equipe Penske, que retirou o outro carro, o de Al Unser Jr. A corrida foi tensa e difícil, com vitória de Brian Herta e uma má colocação de Juan Pablo Montoya (acho que oitavo), que complicaria muito a definição do título da temporada, que até aquela altura parecia tranquilo para Montoya.

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