"Quase corri na Indy..."

Os pilotos brasileiros que não conseguiram largar da Fórmula Indy!

Com a ajuda e com o apoio do meu amigo Renato Granito, vamos a partir de hoje relacionar todos os pilotos brasileiros que correram na Fórmula Indy (IndyCar, CART, CCWS e IRL). São trinta e quatro pilotos do Brasil que correram na história do Brasil, e para isso vamos dividi-los em categorias: Campeões, Vencedores, Participantes e Experiência Única. Mas você leitor do Blog deve estar se perguntando o porque deste título desta postagem, "quase corri na Indy...". Sim amigos, destes trinta e quatro pilotos brasileiros, três deles não conseguiram se quer largar na categoria, e como gostamos de deixar tudo esclarecido para você, fizemos esta postagem extra dos pilotos que não largara. Vale lembrar que os pilotos abaixo relacionados, são pilotos que estavam inscritos para correr, e não meros testadores, pois testadores não conta como inscritos. Vamos então conhecê-los.

O primeiro dos três que não conseguiram largar é o piloto Giupponi Franca, que tentou a classificação para os GP's de Mid-Ohio e Laguna Seca, em 1988, 11ª e 14ª etapa do campeonato respectivamente. Nessa época já corriam os outros brasileiros Emerson Fittipaldi e Raul Boesel. A equipe era a GF Racing, que contava com chassis ultrapassadíssimos March de 1985, com motores Cosworth e pneus Goodyear.


O segundo brasileiro que não conseguiu se quer largar na Indy, foi o paulista José Carlos Romano que também no mesmo ano de 1988 e pela mesma equipe GF Racing tentou sem gande exito classificar-se para as corridas de Elkhart Lake e o circuito de rua em Miami, última etapa do campeonato. Pode-se dizer que a GF Racing que utilizava o #25, foi uma equipe brasileira da Fórmula Indy, já que adquiriram um chassi antigo da Indy. Pela comparação de fotos, acreditamos que o March de 1985 usado pela GF Racing, era da equipe Cotter do piloto colombiano Roberto Guerrero.

Carro da equipe GF Racing. Podemos ver que os membros da equipe utilizavam o logotipo da equipe brasileira.

Carro de Roberto Guerrero na temporada de 1985 da Indy com seu March85C

O terceiro brasileiro que passou por esta situação, foi o curitibano Sérgio Paese dez anos exatos após a primeira tentativa de Giupponi, no mesmo circuito de Mid-Ohio. Podemos ir além, o piloto paranaense esteve em pior e melhor situação ao mesmo tempo que os outros dois da década de 80. Explicamos o porque. Sérgio Paese era piloto da Indy Lights em 1998, porém como tinha um combustível financeiro para poder expandir sua carreira, o curitibano resolveu correr em Mid-Ohio e Elkhart Lake no campeonato da CART de 1998. A situação que citamos acima que seria melhor do que dos outros dois desbravadores brasileiros, era porque Sérgio iria correr pela equipe Payton Coyne, embora foi uma equipe fraca da categoria, ela já era consolidada na categoria e não uma equipe aventureira e ultrapassada como a GF Racing. E a situação pior, que podemos até dizer esdrúxula foi a que Sérgio teve sua permissão caçada minutos antes dos treinos de sexta feira em Ohio. Isso ocorreu devido ao domingo anterior a etapa de Mid Ohio da CART, o piloto paranaense abusou de algumas manobras consideradas desnecessárias e perigosas na etapa de Trois-Rivièris, corrida válida pelo campeonato da Indy Lights. A equipe Payton Coyne contava com o dinheiro de Denis Vitolo para a temporara de 1998, porém como o piloto tinha pouca categoria para pilotar os Champ Cars, ela o substituia em algumas provas, como era o caso de Sérgio Paese que também levou dinheiro para a Payton Coyne Racing. Por fim, quem acabou correndo no GP de Mid Ohio daquele ano foi o carioca Gualter Salles, que contou com o patrocínio brasileiro da RefriCentro, que chamado as pressas para esta corrida largou da 23ª posição e ultrapassou dez carros, mas Gualter rodou no hairpin (curva #2) e abandonou. Porém a história de Gualter Salles ficará para outra postagem.

Carro da Payton Coyne de Gualter Salles que seria de Sérgio Paese.

Créditos das fotos da equipe GF Racing: http://www.indoorkart.com.br