Brasileiros sem títulos, mas vencedores!

Vitórias Brasil-Brasileiras na Fórmula Indy!

Estamos no penúltimo capítulo da saga dos pilotos brasileiros na Indy. Depois desta matéria só faltará os pilotos brasileiros campeões. Agora neste tópico, falaremos dos vencedores na história da Fórmula Indy. Exceto os campeões da Indy pelo Brasil, foram oitos os pilotos que conseguiram pelo menos uma vitória em seu currículo, vamos então, aos nomes das feras.




Com apenas um triunfo na categoria, mas também dos pilotos vencedores foi o que menos largadas teve (trinta e nove), é o piloto paulista Airton Daré. O piloto de Bauru conseguiu sua vitória em sua trigésima primeira participação na Indy Racing League. Airton disputava até 1999 o campeonato da Indy Lights (na época comanda pela CART) e foi chamado para correr na equipe Team Xtreme nos dois anos seguintes. A vitória de Airton veio em seu terceiro ano na categoria, porem já tinha mudado de equipe, Daré estava desde o inicio de 2002 na equipe de A. J. Foyt. Na nona etapa do campeonato da IRL de 2002, Daré largando da sexta posição venceu o Grande Prêmio do Kansas. O brasileiro ainda conseguiu mais dois pódios em sua trajetória na Indy, nunca conquistou uma pole position, e foi o novato do ano em 2000. Sua melhor colocação em campeonatos foi no ano de 2002, quando terminou em nono. Daré correu três temporadas completas (2000-2002) e mais duas 500 milhas de Indianápolis em 2003 e 2006. a oitava posição na Indy 500 de 2001 foi sua melhor participação na corrida mais conhecida do mundo.


Com sessenta e uma largadas na Indy Racing League, o paulistano Felipe Giaffone conseguiu também vencer apenas uma vez na categoria. Giaffone seguiu o mesmo caminho de Airton, vindo da Indy Lights, porém um ano depois. Felipe disputou quatro temporadas completas na Indy (2001 – 2004), as três primeiras na Morris Nunn Racing, e a quarta na equipe Dreyer. Em 2005 e 2006 realizou apenas nove etapas. A vitória de Giaffone veio na sua vigésima quinta participação na categoria, no Grande Premio de Kentucky. No mesmo ano de 2002, Giaffone foi o quarto colocado no campeonato. Em sua carreira conseguiu mais sete pódios e nunca foi pole. Em Indianápolis seu melhor resultado foi um terceiro lugar em 2002.


Mauricio Gugelmin é mais um brasileiro que venceu apenas uma vez na Indy. O catarinense diferente dos outros dois pilotos já citados correu todas suas provas da Indy, organizadas pela CART. Seu ano de estréia na categoria foi em 1993, correndo as três ultimas etapas pela equipe Dick Simon. Em 1994, Mauricio Gugelmin transferiu-se para a equipe Chip Ganassi, onde foi companheiro de Michael Andretti. De 1995 a 2001, o piloto brasileiro teve como auge de sua carreira na Indy, no ano de 1997, quando em sua sexagésima sétima largada, venceu a etapa de Vancouver e terminou o ano em quarto lugar no certame, realizando sua melhor temporada de sua história e disputando o título. Participou de duas 500 milhas de Indianápolis (1994 e 1995) e em sua segunda participação no oval mais famoso do mundo, chegou na sexta posição. Gugelmin conseguiu ainda outros sete pódios e mais quatro poles positions, inclusive uma no Brasil em 1997.


Abrindo a serie dos pilotos que venceram por mais de uma vez na Indy, começamos com Roberto Pupo Moreno. Moreno é o brasileiro com o maior período de corridas na Indy, de 1985 a 2008, mas não foi o que mais largou, realizou 125 largadas. Moreno correu na Indy, ainda como IndyCar comanda pela CART, na CART após a cisão, na Indy Racing League, na Champ Car e na Indy Car Series. O piloto carioca estreou na Galles e realizou apenas cinco provas em seu primeiro ano, e no ano seguinte competiu durante toda a temporada. Dez anos depois, Moreno retornou a Indy, já dividida, e sob o comando da CART, em 1996 ele assinou com a equipe Payton Coyne e com a Data Control do Brasil para correr o ano todo. De 1997 a 1999, Moreno foi piloto reserva da equipe Newman Haas, Bettenhausen Motorsports e Pacwest Racing Group, realizando vinte e cinco largadas neste período. Chamado de piloto “tampão” por substituir pilotos machucados em corridas, Moreno agarrou a oportunidade, e viu seus esforços sendo realizados, quando Pat Patrick o contratou por duas temporadas para sua equipe. Ainda em 1999, Moreno correu duas provas na IRL pela Truscelli Racing. No ano de 2000, Moreno disputou o campeonato até a penúltima prova e venceu o GP de Cleveland naquele ano, terminou a temporada em terceiro, o melhor resultado de sua história na Indy. Em 2001, com um carro menos competitivo, venceu o GP de Vancouver. No ano de 2003, Moreno voltou a CART, pela equipe Herdez Competition (antiga Bettenhausen). No ano de 2006, Moreno correu a etapa de Saint Petersburg pela Vision. Em 2007, na ChampCar, o carioca correu a etapa de Houston pela equipe Pacific Coast, e as 500 milhas de Indianápolis no mesmo ano pela Chastain. Moreno se despediu da Indy em 2008, quando correu a última corrida da história da ChampCar, já sob comando da IRL, em Long Beach pela equipe HVM (antiga Herdez Competition). Além da duas vitorias, Moreno conquistou mais dez pódios e duas poles positions.


Christian Fittipaldi teve o mesmo numero de vitorias de Moreno, porém com dez largadas a mais. O paulistano correu na Indy de 1995 a 2002. Christian estreou na equipe Walker Racing, e em sua única participação nas 500 milhas de Indianápolis foi o segundo colocado. Em 1996, com A cisão da Indy, Fittipaldi foi para a equipe Newman Haas Racing e ficou por lá até o fim de sua carreira na CART. Christian dois graves acidentes em 1997 e 1999, fato que não o permitiu correr todas as provas destes anos, onde Moreno o substituiu. Em 1999, o piloto brasileiro chegou a sua primeira vitória na categoria em Road America, e no ano seguinte chegaria também no lugar mais alto do pódio nas 500 milhas da Califórnia. Em campeonatos as melhores posições de Christian foram em 1996 e 2002, quando terminaria em quinto lugar. O sobrinho mais famoso de Emerson ainda conseguiu mais dezoito pódios e uma pole position, no Grande Premio do Brasil Rio 200 de 1999. Todas as corridas que Fittipaldi disputou foram organizadas sob bandeira da CART.


Com apenas quatro temporadas na CART, e somando sessenta e oito largadas, o paulista André Ribeiro venceu três corridas na categoria, todas em ovais. Estreou na equipe Tasman Motorsports de 1995 a 1997, onde venceu estas três provas. A primeira vitória veio em New Hampshire no ano de 1995. Em 1996, André Ribeiro venceria as provas das 500 milhas de Michigan e o primeiro Grande Prêmio do Brasil de Fórmula Indy, marcando seu nome na historia como único brasileiro a vencer em nosso país. No ano de 1998, Roger Penske contratou o piloto, porém com um carro muito fraco, a melhor colocação de André Ribeiro foi a sétima posição em Vancouver. Em 1999, o piloto se retirou das disputas dentro das pistas. Com a décima primeira colocação no campeonato de 1996, André teve seu melhor ano na Indy. Foi pole position em New Hampshire em seu primeiro ano na Indy e também em Toronto em 1997. Foi o melhor calouro nos treinos da Indy 500 de 1995, quando finalizou em décimo segundo.


O mineiro Bruno Junqueira é um dos maiores vencedores do Brasil na Indy. Com cento e vinte e uma largadas, o brasileiro venceu oito corridas em sua trajetória na categoria. Bruno estreou em 2001 na CART pela equipe Chip Ganassi e venceu o GP de Elkhart Lake. Ainda no seu ano de estréia na Indy, disputou as 500 milhas de Indianápolis (válida pelo campeonato da IRL) chegando na quinta colocação. Em 2002, continuou na equipe Target e venceu as provas de Motegi no Japão e em Denver nos Estados Unidos. Em 2003 foi para a equipe Newman Haas Racing e ganhou mais duas provas, em Elkhart Lake e Denver novamente. No ano de 2004, Bruno continuou na equipe de Illinois, e venceu mais duas vezes, em Montreal no Canadá e Surfer’s Paradise na Austrália. Também correu as 500 milhas de Indianápolis neste ano e terminou em quinto lugar mais uma vez. De 2002 a 2004 Bruno foi vice campeão da categoria, perdendo o título para Cristiano da Matta, Paul Tracy e Sebastien Bourdais respectivamente. Em 2005, parecia ser o ano de Bruno Junqueira, venceu a segunda etapa do campeonato da Champ Car em Monterrey, no México e era o líder do campeonato. Mas em etapa válida pelo campeonato da IndyCar Series, a equipe Newman Haas foi disputar as 500 milhas de Indianápolis com Bruno e Bourdais. O piloto brasileiro sofreu um toque de A. J. Foyt IV e correu sério risco de vida neste acidente, o que lhe tirou da temporada de 2005 da Champ Car. Em 2006, com um carro inferior ao de Bourdais, Bruno foi apenas o quinto no ano, e em 2007 se transferiu para a pequena Dale Coyne, onde correu também em 2008. Junqueira ainda conseguiu dez poles na Indy, e uma delas foi nas 500 milhas de Indianápolis em 2002. O piloto brasileiro conseguiu também além das oito vitórias mais vinte e seis pódios. Bruno conseguiu pódios por todas as equipes que passou na categoria.



Hélio Castroneves é o segundo piloto brasileiro em número de vitórias na história da Indy, atrás apenas de Emerson Fittipaldi. Hélio está prestes também a bater o recorde de largadas da categoria por pilotos brasileiros, o paulista tem cento e noventa e três largadas, e esta atrás apenas de Raul Boesel (199), Emerson Fittipaldi (195). Hélio Castroneves estreou na equipe Bettenhausen Motorsports em 1998. No ano seguinte foi para a equipe Hogan e desde 2000 está na equipe mais famosa dos Estados Unidos, a Penske Racing. As vitórias de Helinho começaram no seu primeiro ano de Penske, foram três: Detroit, Mid-Ohio e Laguna Seca. Em 2001, o paulista conseguiu mais três triunfos na CART, em Long Beach, Detroit e Mid-Ohio. Ainda em 2001, Roger Penske depois que não disputava uma 500 milhas de Indianápolis desde 1994, resolveu colocar seus dois pilotos na prova e o brasileiro Hélio Castroneves venceu a corrida mais importante do mundo. No ano seguinte visando mais uma vez as 500 milhas de Indianápolis, Roger se transferiu para a IRL com seus dois pilotos brasileiros: Gil de Ferran e Hélio Castroneves. Acostumado aos ovais norte-americanos, o brasileiro não teve dificuldade de se adaptar aos novos carros, circuitos e regulamento da IRL, que eram totalmente diferentes da CART. No primeiro ano que disputou o campeonato da IRL integralmente venceu duas provas: Phoenix e mais uma vez se consagrando na Indy500, terminando o ano como vice-campeão, atrás apenas de Sam Hornish Jr.
No ano de 2003, Hélio era o favorito a conquista do campeonato da IRL, porém mais equipes competitivas vieram da CART, como a Chip Ganassi e a Green que virou Andretti Green. Helio disputou o título até a última etapa no Texas, terminando o campeonato em terceiro lugar, atrás de Scott Dixon e Gil de Ferran, campeão e vice respectivamente. O piloto paulista venceu em Saint Louis e Nazareth. No ano de 2004 o piloto brasileiro conquistou apenas uma vitória, no oval do Texas, a última etapa do campeonato e terminou em quarto lugar. No ano seguinte, Hélio conquistou apenas uma vitória também, em Richmond. Em 2006, Castroneves fez uma de suas melhores temporadas e venceu por quatro vezes na categoria, em Saint Petersburg, Motegi, Texas e Michigan, ficando em terceiro lugar no campeonato. Mesmo com muitos problemas em 2007, Castroneves venceu mais uma vez na Flórida, em Saint Petersburg e acabou a temporada em sexto. No ano de 2008 o piloto brasileiro foi o vice-campeão da categoria e disputou com Scott Dixon mais uma vez até a última etapa do campeonato o título, que pela segunda vez ficou com o neozelandês. O piloto brasileiro venceu as corridas de Sonoma e Chicago.
Em 2009 até o momento Hélio Castroneves não está confirmado na Penske como piloto titular, já que está com problemas com a justiça norte americana. Caso Helinho corra, o brasileiro poderá quebrar o recorde de vitórias de Emerson que tem duas a mais contra as vinte de Castroneves e mais sete largadas, o paulista passa o paranaense Boesel em número de largadas. Hélio ainda tem trinta e seis pódios sem contar as vitórias e trinta e cinco poles positions. Só falta o título para Helio ser um dos maiores pilotos do Brasil na Indy.

0 comentários:

Postar um comentário

 
Clicky Web Analytics