É só a primeira!

Antes de mais nada, eu gostaria de começar esta minha primeira coluna aqui, no blog da indy, me apresentando. (É sempre bom saber com quem se fala, não é?). Pois bem, me chamo Virgílio Franco, mineiro, tijucano e bôveta! Tenho 23 anos de idade, sou historiador, aspirante a jornalista, apaixonado por esportes (automobilismo de forma incondicional), tenho um namoro com a Poly, e com ela vivo o prólogo do meu casamento! (E sou feliz assim!). Gosto de animais, boa literatura, filmes e de cozinhar!
Minha paixão pelo automobilismo começou cedo, não sei precisar quando, mas foi por volta de 1992 ou 1993. São desta época as minhas memórias mais antigas. Lembro de algumas corridas de F-1 aos domingos pela manha, e outras tantas da Indy durante a tarde. Não entendia muito bem como tudo aquilo acontecia, o porquê de tanta gente reunida pra ver uma corrida de carros, quem era Senna, Mansel, Fittipaldi, Andretti, Prost, Haral... (eu jurava que era bunecos lá dentro), na minha opinião, era um monte de carrinhos coloridos, andando rápido, especialmente quando corriam nas pistas de bolinha, e que quando batiam, faziam um bummm bem grande e o carrinho se espatifava, saia fumaça, o povo limpava pra continuar a corrida, até que vinha outro e se quebrava todo no muro! Isso pra mim bastava e assim eu era feliz!
Lembro muito bem de 1994, a morte do Senna comoveu todos os brasileiros. Um país inteiro parou por conta de um daqueles que pilotavam os carrinhos coloridos. Ouvia dizer que ele, junto com o Pelé, era o maior esportista brasileiro. Recordo do funeral, do caixão com o capacete amarelo em cima. Do caminhão do corpo de bombeiros e uma multidão acompanhando o funeral. Olhava pros lados em minha casa e via todos, literalmente todos, chorando. Se eu chorei? Lógico!!! Não tanto quanto choraria hoje em dia, mas chorei!
O tempo passava, eu continuava indo pra escola, jogando futebol pelo Ituiutaba Clube, caindo do pé de jabuticaba da casa da minha avó, indo pra fazenda nas férias e vendo as corridas aos domingos. A diferença é que agora existia uma lógica maior neste esporte que tirava o meu fôlego. Descobri algumas palavras novas como pit-stop, turbo, desing, aerodinâmica, vácuo, telemetria... passei a conhecer alguns lugares como Mônaco, Indianápolis, Surfes Paradise, Spa, Suzuka, Long Beach... OOO tempo baum sooo!!!
Em 1995 em já tinha eu já tinha alguns pilotos preferidos! Na F-1 gostava do Alesi e do Rubinho, mas eles nunca ganhavam nada, ai eu torcia pra eles chegarem no fim! Na Indy eu gostava do Vasser e do Andretti, eram os que mais apareciam, e do Tracy, porque ele era o que mais batia! E nem me vem falar que eu era mal não, só por gostar de ver o Tracy batendo... nem vem...
Chegou 1996 e outros nomes começaram a aparecer. Gil de Ferran, André Ribeiro, Greg Moore, Zanardi! Até hoje acredito que esta foi a melhor safra de pilotos que o automobilismo mundial já viu!
A F-1 parecia ser mais chata que a Indy, que agora era CART. Pensava... o Hill é ruim e é campeão... logo, na F-1 não ganha o melhor piloto, ganha o melhor carro! Acreditei nisso pelos anos seguintes vendo o Villeneuve e o Hakkinen vencendo títulos mundiais.
Como eu disse, a Indy se dividiu em CART e IRL, minha escolha foi a CART, por paixão e obsessão. Nesta época, de 1997 a 2001, eu parava o mundo pra ver as corridas. Sofria com o desenrolar das corridas, bolava as minhas próprias estratégias e já não gostava mais de batidas... passei a ter dó das equipes, uma vez que iam gastar dinheiro pra repor peças.
É galerinha, o tempo voa mesmo! Nesta época eu também jogava CART World Series, adorava ver o Téo José falando coisas do tipo, NNNNÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOO PPEERRRRDDDEEEE MMMMAAAAIIIISSSSS!!!!!! (exceto para o Max Papis em Michigan) Senhor apronta tudo! Entre outras expressões usadas por este jornalista incrível! Vocês pensam que não, mas estamos ficando velhinhos!
A temporada 2001 da CART foi a mais brilhante de todas pra mim, talvez só 1998 pra chegar perto. Zanardi voltando, Gil vencendo o campeonato, da Matta forte pra caramba, mais de 25 carros na pista. Que ano!!! Pra vocês terem noção quase todos os pilotos que disputaram o campeonato lideraram alguma corrida durante a temporada! Nostalgia total!
De 2002 ate 2006 foram os anos de paixão sofrida. A categoria sofreu com más administrações, altos gastos, e saída de equipes tradicionais. O numero de provas, pilotos, e equipes eram sempre no limite do mínimo. Vi grandes pilotos se aposentando, e um tanto bom de surgir, sumir e não deixar saudade nenhuma.
A minha maior gratidão foi perceber que não sou o único que vive um amor assim. Graças à internet conheci alguns verdadeiros amigos, e com eles dividia estas angustias. O Jackson, são paulino injuado de Astorga, e hoje um amigo pra qualquer hora, foi um dos que conheci. Junto com uma galerinha mais do que especial, Fábio, Felipe, Thiago, Rodrigo fomos para Interlagos e vimos a vitória do Massa! Uma das melhores experiências da minha vida!
Em 2007 tive a ilusão de uma nova era no automobilismo com a reformulação e atualização do pacote da ChampCar, contudo eu vi uma unificação no inicio de 2008, que me alegrou por trazer velhas pistas, velhas equipes, e não podendo negar, um campeonato mais forte. Os pontos tristes já transformei em boas memórias, e como bem disse Nelson Phillipe, piloto que calou a minha boca e hoje tem o meu respeito, a ChampCar continuara tatuada em nossos corações!
Bem galerinha, isso tudo não é 1% do que eu sou, tão pouco 1% do que quero conversar com vocês nesta coluna que está nascendo hoje. Uma vez por semana vocês encontraram algo novo por aqui.
É um prazer enorme conhece-los e espero ter uma relação extremamente positiva com todos vocês. Para duvidas e sugestões entrem em contato pelo email: virgiliofva@yahoo.com.br
Abraços em todos!!!

Virgilio Franco