Brasileiros campeões da Indy: Cristiano da Matta

Campeão indiscutível de 2002!

Continuando a saga dos pilotos brasileiros da Indy em toda sua história, já estamos no espaço que cabe aos campeões. Após falar de Tony Kanaan, o último campeão da Indy, agora falaremos de Cristiano Monteiro da Matta. O piloto mineiro foi o campeão na temporada 2002 da Fórmula CART conquistando sete vitórias na temporada e ficando com o título a três provas do final do certame.
Cristiano da Matta estreou na CART em 1999 na equipe Arciero Wells após ser campeão da Indy Lights no ano anterior. Cristiano é um daqueles pilotos acima da média, já que tem um pódio a cada cinco corridas disputadas, o mineiro disputou cinco temporadas e meia e conquistou doze vitórias, sete poles position e por outras oito vezes subiu ao pódio.

Empurrado por um motor Toyota em fase de desenvolvimento, Cristiano da Matta não teve um ano fácil na sua primeira temporada de categoria, já que sua melhor posição de largada foi em Miami, no oval de Homestead onde conseguiu largar da sexta posição, uma surpresa para todos, pois era também a primeira prova do mineiro. Durante o ano, a melhor posição de chegada de Cristiano foi no GP de Nazareth, a quarta etapa do campeonato de 1999. O mineiro poderia ser o novato do ano, caso não pegasse pela frente o colombiano Juan Pablo Montoya, o estreante que foi campeão da CART naquele ano. No final da temporada, da Matta somou trinta e dois pontos e acabou em décimo oitavo na tabela de classificação.

Em 1999, a estréia pela Arciero Wells.

No ano seguinte a equipe Arciero se dividiu, e Cal Wells continuou com sua parte e tornou sua equipe mais competitiva com um motor Toyota mais potente e foi renomeada para PPI Motorsports. Cristiano da Matta continuou com Cal e teve a chance de ter um carro que brigasse por seus melhores resultados até então.
A primeira vitória veio no oval de Chicago e conquistou um terceiro lugar no Grande Premio de Cleveland, e sempre estava entre os cinco primeiros nas corridas. Em Toronto teve sua melhor posição de largada com o segundo posto no grid. O ano acabou e da Matta somou cento e doze pontos conseguindo um ótimo décimo lugar em um dos campeonatos mais disputados da história da CART.

A primeira vitória veio em Chicago no ano 2000.

Em 2001, Cristiano da Matta é contratado para uma das equipes mais fortes e tradicionais da Indy, a equipe Newman Haas Racing e vence a primeira corrida do ano mostrando para Paul e Carl o seu cartão de visita. Cristiano venceria outras duas provas e terminaria mais duas no pódio, terminando o ano em quinto lugar na temporada. O mineiro venceu a prova de abertura em Monterrey no México, em Surfer’s Paradise na Austrália e a última etapa em Fontana, nos Estados Unidos.

No ano de 2001 começa a saga na Newman Haas Racing

No ano de 2002 com a saída da equipe Penske da CART para a IRL, Cristiano da Matta e Kenny Brack eram apontados como os favoritos ao título. Mas o piloto brasileiro não tomou conhecimento de ninguém no ano e faturou nada mais do que sete conquistas no ano: Monterrey, Laguna Seca, Portland, Chicago, Toronto, Elkhart Lake e Miami, além de outros quatro pódios e outras sete poles positions (pela primeira vez na carreira da Matta foi pole na CART). Na metade da temporada o campeonato já estava decidido e Cristiano da Matta um piloto que sempre trabalhou com motores Toyota na categoria deu a fábrica japonesa seu primeiro título na categoria e como reconhecimento não só ao título, mas a todo este trabalho de desenvolver o propulsor turbinado nos Estados Unidos, a empresa deu ao piloto mineiro a chance de ser um piloto de Fórmula 1, e em 2003 Cristiano da Matta foi para a Toyota F1 Team.

O título da categoria e o passaporte para a F1 em 2002.

Com duas temporadas na Fórmula 1 onde não conseguiu resultados expressivos na categoria máxima do automobilismo, o piloto mineiro viu no convite da equipe PKV a chance de voltar a categoria onde ele se sentia mais a vontade, a CART, que agora já era ChampCar em 2005. Cristiano tinha ao seu lado como companheiro de equipe, o seu patrão: Jimmy Vasser. E o piloto brasileiro mais uma vez deu um show. Com uma equipe com apenas duas temporadas de experiência na categoria, Cristiano da Matta venceu a corrida de Portland e deu a equipe a sua primeira e única vitória até a presente data. Em Cleveland (etapa seguinte a Portland) o brasileiro vinha liderando a prova quando bateu em um retardatário, Cristiano disputava o título até aquele momento e terminou o ano em décimo primeiro lugar.

Em 2005 na PKV o recomeço: Vitória em Portland.

Em 2006, o piloto mineiro se mudou para a pequena equipe Dale Coyne, e em sua corrida inicial pela equipe conseguiu um surpreendente quinto lugar. Na quinta etapa do campeonato, Cristiano da Matta recebe o convite de Carl Russo para entrar na equipe RuSport, uma equipe média da categoria. Cristiano consegue bons resultados na nova casa e termina em segundo lugar no Grande Premio de San Jose já pulando para o sexto lugar na tabela de pontos.

Em 2006 na RuSport da Matta se despede da ChampCar de forma triste.

O brasileiro se envolveu em um grave acidente em uma sessão aberta de treinos livres realizados no circuito Road America, em Elkhart Lake no dia três de agosto daquele ano. O piloto atropelou, em alta velocidade, um cervo (mamífero semelhante ao veado) que cruzou a pista. Da Matta foi levado imediatamente de helicóptero para o Theda Clark Medical Center, em Neenah, Wisconsin, e foi submetido a uma intervenção cirúrgica de emergência. Depois de alguns dias em coma, o brasileiro recebeu alta, e deu a ordem de largada para o próprio GP de Elkhart Lake.
Cristiano realizou cento e uma largadas na história da CART – Champ Car e é um dos quatro brasileiros que tem seu nome escrito na história como campeão.

7 comentários:

Anônimo disse...

Grande texto. O Da Matta foi um dos melhores pilotos do país. Na minha ordem (dos que vi em atividade) depois de Senna e de Ferran, ele é o terceiro melhor piloto que o país já teve.

Anônimo disse...

Cristiano da Matta sem duvida era o piloto mais técnico q eu ja vi dps de Gil de Ferran q eu ja vi, errava mto pouco e quando teve carro mostrou a q veio, nunca esqueço do Téo José falando pra ficar de olho nesse mineiro na epoca em q ele estava na indy lights, e realmente ele estava certo, Obrigado kiki pelas alegrias q vc nos deu, abçs!

Marcos Antonio disse...

Grande piloto, Da Mata. Merecia muito melhor sorte na F1,porque ele tinha muito potencial pra isso. Ele brincou na CART em 2002...

Anônimo disse...

Um dos maiores pilotos que já existiu no Brasil, sem dúvida nenhuma!

Infelizmente o universo da F1 não comporta pilotos de voz ativa e muita personalidade como o Cristiano e o Montoya, caso contrário eu não tenho dúvidas de que o Da Matta poderia fazer uma carreira de muito sucesso na F1.

Anônimo disse...

Da Matta foi posto pra fora da F1 por dizer a verdade sobre o carro que pilotava na época, pena que sua carreira tenha parado por conta do atropelamento ao cervo. Um piloto rápido, técnico e centrado naquilo que fazia. Um grande campeão da CART.

Anônimo disse...

Da Mata é um guerriero batalhado que só precisou de maior sorte, em 2002 humilhou a concorrência para ser campeão, a F-1 é um tanto injusta, tem paciência com vários pilotos medianos que estão lá há anos, mas com Da Mata, deram duas temporadas a ele e o dispensaram.
Pensar que a dupla de 2005 da Toyota foi Ralf Schumacher e Trulli, dois medianos que ficaram muito na F-1 e fizeram muito pouco.

Anônimo disse...

Grande piloto o mineiro Cristiano da Mata. Logo no seu segundo ano de Cart ganhou corrida e ainda brigou pelo título numa equipe pequena.
Depois do Gil foi melhor piloto do Brasil.

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