Nenhuma data especial ou corrida que se aproxima foi motivo para a escolha do tema apresentado no título. Falar sobre Jim Clark nunca é demais, tendo em vista os seus feitos magníficos que jamais qualquer outro piloto irá igualar na história do automobilismo mundial.
Por isso hoje vamos falar um pouco mais sobre essa fase da maravilhosa carreira do escocês bi-campeão mundial de Fórmula1, tão pouco explorada pelos meios de comunicação: A sua vitoriosa participação nas 500 Milhas de Indianápolis.
Sabemos que uma das características mais marcantes na carreira do “Escocês Voador”, foi a enorme quantidade de corridas que ele disputou nas mais diferentes categorias, correndo com carros dos mais variados tipos e sempre obtendo sucesso. Muitos fãs acreditam que essa versatilidade dos gênios do passado em disputarem diferentes categorias quase simultaneamente, é um dos grandes diferenciais na comparação com os pilotos da modernidade. Infelizmente nos tempos atuais, os pilotos ficam extremamente limitados por contratos de patrocinadores, que não aceitariam de maneira alguma que disputassem outras categorias com suportes financeiros de outras marcas. Casos de pilotos que disputam várias categorias esporadicamente, são mais comuns nos EUA, sendo que o único caso registrado na Fórmula 1 atual é o do tetra-campeão da ChampCar, Sébastien Bourdais, que além de correr pela Toro Rosso na principal categoria do automobilismo mundial, irá participar das 24 horas de Le Mans pela Peugeot.
Por isso hoje vamos falar um pouco mais sobre essa fase da maravilhosa carreira do escocês bi-campeão mundial de Fórmula1, tão pouco explorada pelos meios de comunicação: A sua vitoriosa participação nas 500 Milhas de Indianápolis.
Sabemos que uma das características mais marcantes na carreira do “Escocês Voador”, foi a enorme quantidade de corridas que ele disputou nas mais diferentes categorias, correndo com carros dos mais variados tipos e sempre obtendo sucesso. Muitos fãs acreditam que essa versatilidade dos gênios do passado em disputarem diferentes categorias quase simultaneamente, é um dos grandes diferenciais na comparação com os pilotos da modernidade. Infelizmente nos tempos atuais, os pilotos ficam extremamente limitados por contratos de patrocinadores, que não aceitariam de maneira alguma que disputassem outras categorias com suportes financeiros de outras marcas. Casos de pilotos que disputam várias categorias esporadicamente, são mais comuns nos EUA, sendo que o único caso registrado na Fórmula 1 atual é o do tetra-campeão da ChampCar, Sébastien Bourdais, que além de correr pela Toro Rosso na principal categoria do automobilismo mundial, irá participar das 24 horas de Le Mans pela Peugeot.
Bom, vamos agora ao que interessa. A jornada de Jim Clark na Indy, começou em 1962, quando Dan Gurney, o consagrado piloto norte-americano de Fórmula 1, percebeu que Colin Chapman, o lendário fundador da equipe Lotus, poderia ter uma bela chance de bons resultados em Indianápolis, tendo em vista o seu enorme potencial em inovações na engenharia de seus carros. Assim, Gurney pagou uma passagem aérea para que Chapman pudesse viajar aos EUA para dar uma “sondada” em como as coisas aconteciam do outro lado do oceano. Uma vez em Indianápolis, o chefão da Lotus constatou que existia uma diferença técnica brutal entre os carros fabricados na Europa e os chamados “roadsters”, que dominavam o grid da prova de 500 milhas. Enquanto nas categorias européias a maioria dos monopostos já utilizavam motores traseiros desde 1958, na Indy os carros ainda possuíam motores dianteiros. A diferença de chassis também era nítida, sendo que a Lotus naquela época já utilizava o chassi monocoque, o qual Colin Chapman criou com sua experiência em engenharia aeronáutica, enquanto os roadsters norte-americanos ainda utilizavam antiquados e pesados chassis tubulares. Quanto aos motores, quase todo o grid da Indy 500 utilizava o clássico Offenhauser de quatro cilindros, um motor que foi para a história da Fórmula Indy, aquilo que o Cosworth DFV V8 foi para a história da Fórmula 1. Naquela época o motor “Offy”produzia cerca de 400 cavalos de potência e era acoplado à uma caixa de câmbio de duas marchas. Como obviamente a Lotus não poderia usar o seu pequeno e leve motor Climax V8 1.5 de Fórmula 1, por intermédio de Dan Gurney, Chapman fez uma parceria com a Ford, que também desejava construir um motor para Indianápolis, tendo em vista que nunca tinham conquistado uma vitória na tradicional corrida até então. Assim foi construído um brutal motor V8 de 4.2 litros, utilizando o bloco do Ford Fairlane de rua. Este motor utilizava gasolina como combustível, ao contrário da grande maioria do grid da Indy que corria com seus Offenhausers movidos a metanol. Dessa forma nascia o Lotus 29, uma versão modificada do modelo 22, porém com uma traseira muito maior para abrigar o enorme motor Ford V8, tanques de combustível extras, freios maiores e várias modificações a mais.
O primeiro teste do Lotus 29 aconteceu no pequeno oval de Milwaukee, onde logo de início, Jim Clark abaixou o recorde da pista em absurdos 2 segundos e meio! Clark ainda voltaria para a Europa para disputar algumas etapas do Mundial de Fórmula 1 e apenas quatro dias depois de disputar o GP de Mônaco, alinhava no grid de Indianápolis em uma espetacular quinta posição. Os pilotos e construtores norte-americanos, todos “macacos velhos” dos segredos do lendário circuito oval, de início não botaram fé naquele “charutinho engraçado com motor atrás”, como eles mesmos zombavam. Acreditavam que o pequeno Lotus verde com faixa amarela, não seria páreo para os enormes e extremamente potentes carros de motores dianteiros. Mas o que aconteceu na corrida, praticamente foi um marco na mudança de concepção dos antigos carros de Fórmula Indy. Clark, saindo do quinto lugar do grid, foi conquistando várias posições durante a corrida, até se estabelecer em segundo lugar, logo atrás de Parnelli Jones com o seu Watson Roadster Agajanian-Willard Battery Special (ufa!). Sendo a Lotus 29 muito mais leve e econômica que o resto do grid, Jim precisaria de apenas duas paradas de reabastecimento, contra três necessárias para Jones. A vitória era certa, porém o que aconteceu adiante foi um dos lances mais polêmicos da história da Indy 500. O carro de Parnelli Jones teve um vazamento de óleo e começou a espalhar o fluído pela pista, o que automaticamente faria o piloto parar nos boxes, sob risco de penalização. Mesmo assim, Jones insistiu em permanecer na pista. Colin Chapman foi reclamar ao diretor de prova, que fez pouco caso da situação e disse que o que vazava do carro de Parnelli Jones era água e não óleo. Resultado: dois carros derraparam e tiveram que abandonar a corrida, mas mesmo assim Jones foi declarado vencedor e Clark e sua Lotus tiveram que se contentar com o segundo lugar. Diz a lenda que após a comemoraração da vitória, o piloto acidentado por causa do óleo deixado na pista por Jones, foi tirar satisfações com o mesmo. Mesmo não tendo conquistado a vitória, o resultado foi muito positivo e a Lotus passou a querer vencer a corrida a qualquer custo. Em 18 de Agosto de 1963, Clark teve sua pequena revanche contra os pilotos norte-americanos, quando venceu de maneira espetacular as 200 Milhas de Milwaukee, colocando duas voltas em cima do segundo colocado, ninguém menos do que o velho A.J. Foyt. Além disso, essa vitória marcou o primeiro sucesso absoluto de um carro com motor traseiro em um oval norte-americano e primeiro êxito do motor Ford na Fórmula Indy. Vale lembrar também que essa prova de Milwaukee registrou o recorde na época quanto ao número de pessoas nas arquibancadas: 35 mil. Certamente a grande maioria estava presente para ter o prazer de ver Clark pilotando ao vivo.
Falando da superioridade da Lotus com todo o seu padrão europeu de competição frente aos rivais norte-americanos, fica a impressão de que o automobilismo nos EUA era de todo inferior, o que não é totalmente verdade. Em alguns aspectos, a categoria dos roadsters estava muito adiantada com relação à Fórmula 1, como na segurança, por exemplo. Quando estava competindo pela Europa com a sua charmosa Lotus 25, Clark não tinha a proteção do cinto de segurança, tendo em vista que na época acreditavam que tal equipamento só iria atrapalhar o piloto se o mesmo tivesse que sair rapidamente do carro em caso de incêndio. Era mais ou menos como no kart, onde é mais seguro você ser jogado para fora do veículo do que permanecer dentro dele em caso de capotagem, por exemplo. A diferença é que os “karts” não eram nada menos do que carros de 260 cavalos de potência, cujos cockpits eram praticamente “cunhados” dentro do tanque de combustível. Quando o escocês entrou no cockpit de sua Lotus de Indy, teve de colocar o cinto de quatro pontos, que já era utilizado há muito tempo nos ovais. Na Fórmula 1, os pilotos utilizavam macacões simples de tecido comum, que eram fornecidos pela Dunlop. Já na Indy, todos utilizavam macacões de tecido anti-chamas. Certamente a velocidade atingida em um oval, necessitava de muito mais segurança do que a empregada nos circuitos mistos. Mesmo assim, participar de uma corrida em Indianápolis nos anos 60, ainda era uma atividade muito, mas muito perigosa mesmo. Se nos tempos modernos ainda existe muito risco de se andar a mais de 300 km/h perto do muro, imagine então andar a quase essa velocidade à bordo de um charutinho todo feito de alumínio, com tanques de gasolina por todos os lados, nenhuma proteção lateral e ainda utilizando um capacete aberto, com óculos de aviador para proteger os olhos e um pano umedecido em ácido bórico, como tentativa de proteger o rosto do fogo em caso de incêndio. Apesar do macacão em nomex, ainda não existiam botas próprias para automobilismo e todos usavam sapatos sociais de sola fina e meias pretas comuns. As luvas eram feitas em couro. Realmente, apenas a coragem necessária para entrar em um monoposto e andar em um oval naquela época, é algo que já consagra qualquer envolvido em competições daqueles tempos.
Voltando para 1963, após a vitória em Milwaukee, Jim Clark ainda participaria de mais três corridas de Fórmula Indy nos EUA: A corrida da “Feira do Estado” em Trenton a qual Jim não terminou, o Grande Prêmio de Riverside o qual venceu correndo com um carro da equipe Bob Challman e o GP de Laguna Seca o qual Jim correu pela equipe Arciero, mas não completou a prova.

Em 1964 Clark e Chapman voltavam a Indianápolis e mais uma vez conseguiram surpreender a todos, com a pole conquistada por Jim. Vale lembrar que o grid daquela edição da Indy 500, contou com a presença de mais um ilustre piloto vindo da Fórmula 1: Jack Brabham, que resolveu participar da prova depois de ver a repercussão que os ótimos desempenhos de Clark tiveram no mundo das corridas. Outra curiosidade foi o fato de que dessa vez, havia vários carros norte-americanos com seus motores Offy instalados na parte de trás do chassi, numa clara influência da revolução técnica causada pela Lotus. Apesar de um ambiente tão otimista para todos, a corrida em si foi uma das mais trágicas de toda história da Indy 500. Clark abandonou na volta 47 com problemas de suspensão, mas o ponto triste da corrida se deu na segunda volta da corrida. O estreante Dave McDonald, que ultrapassou cinco carros na primeira volta, escapou e bateu no muro de proteção e foi jogado de volta para a pista, onde foi acertado em cheio pelo carro de Eddie Sachs. Instantaneamente os dois carros pegam fogo e mais cinco carros batem devido ao enorme “cogumelo” de fumaça preta que tirou toda visibilidade da pista. McDonald morreu na hora e Eddie Sachs morreu algumas horas depois no hospital. O fato curioso é que o carro de McDonald, o “Sears-Allstate Special”, era considerado “à frente de seu tempo”. Possuía uma carenagem do tipo “streamliner”, que quase cobria as rodas dianteiras e traseiras, porém era também tido como um carro mal construído, com um desenho mal feito e muito difícil de dirigir, devido ter sido pessimamente modificado para abrigar os pneus maiores de 380 mm exigidos pela USAC, que sancionava a Indy 500 na época. Mais perturbador ainda, é o fato de que o carro foi oferecido para vários pilotos participarem da Indy 500, mas todos recusaram. Graham Hill testou o carro antes das 500 Milhas, mas não quis participar da prova. Masten Gregory, respeitado piloto norte-americano de F1, bateu o carro em um teste aerodinâmico. Jim Clark, como era amigo dos dois pilotos citados, sabia da “cadeira elétrica” que o carro era e no dia do “carburation day” em Indianápolis, chegou a dizer para McDonald “Get out of that car mate, just walk away”, algo como “Largue a mão desse carro parceiro, saia fora disso”. Mario Andretti também teve a oportunidade de dirigir o carro de Dave, mas também recusou devido a pouca experiência e pelo fato de o contrato ser apenas para correr na Indy 500. O trágico episódio resultou em uma mudança drástica quanto ao tipo de combustível utilizado na Fórmula Indy. O uso da gasolina seria proibido e todos os carros a partir de então passariam a correr com o metanol, que apesar de ter sua chama invisível, é muito menos inflamável do que a gasolina e não explode com tanta facilidade. Essa regra só foi mudada exatamente em 2007, quando os indycars passaram a usar uma mistura de 85% de etanol com15% de metanol. Em 2008 os carros passaram a funcionar 100% com etanol. Vale lembrar que muitas categorias pelo mundo correm com combustíveis alternativos à gasolina, sejam por questões de desempenho ou segurança. A maioria das categorias do kart, por exemplo, utilizam álcool por motivos técnicos, pelo fato do mesmo ter muito menos chance de causar um incêndio e por não queimar apenas no contato com a pele, como a gasolina.
Ainda em 1964, alguns dias após o Grande Prêmio dos EUA de Fórmula 1, Clark participou de uma corrida sancionada pela USAC na pista de Trenton correndo com uma Lotus 34 e não terminou.
Definitivamente, 1965 foi o ano da glória para Jim Clark e para a equipe Lotus nas 500 Milhas de Indianápolis. Tamanho foi o empenho do até então campeão mundial escocês em vencer a Indy 500 daquele ano, que mesmo disputando o título da F1 ponto a ponto com Graham Hill, Clark abriu mão de disputar o Grande Prêmio de Mônaco, realizado no mesmo fim de semana das 500 milhas. E a escolha se mostrou acertada. Largando na segunda posição, atrás apenas de A.J. Foyt, logo no início Clark ultrapassa o concorrente norte-americano e o que foi visto adiante foi um dos maiores domínios na história das corridas em ovais de todos os tempos. Jim liderou nada menos do que 190 das 200 voltas e vence as 500 Milhas de Indianápolis de 1965 com dois minutos de vantagem para o segundo colocado. Foi praticamente a primeira vitória de um piloto não norte-americano na Indy 500 desde 1916 (o último havia sido Dario Resta, da Inglaterra). Bom lembrar que também foi a primeira vitória de um carro com motor traseiro e a primeira vitória da Ford na lendária competição. Clark conquistou além da vitória, a quantia de 166 mil dólares (pode parecer pouco hoje em dia para os padrões do automobilismo, mas na época era uma fortuna absurda) e cerca de 150 dólares por cada uma das 190 voltas na liderança. Definitivamente, o belo Lotus 38 jamais seria esquecido pelos fãs da Indy.
O ano de 1965 foi o ano que coroou a carreira genial de Jim Clark, pois além de vencer a Indy 500, conquistou o seu bi-campeonato mundial de Fórmula 1, conquistando 6 vitórias em 10 corridas, sendo cinco consecutivas, conquistando então a segunda melhor marca do mundo na época, empatado com Jack Brabham e perdendo somente para as sete vitórias seguidas de Ascari entre 1952 e 1953. Clark conquistou nada menos do que 23 vitórias apenas naquele ano, correndo em várias categorias diferentes em quatro continentes. Tal feito fez com que Jim Clark fosse um dos poucos esportistas em toda a história a serem escolhidos para figurarem na capa da mundialmente famosa revista “Time”.O espetacular desempenho de Clark em 65, fez com que em 1966 muitos pilotos europeus arriscassem disputar a Indy 500. Graham Hill e Jackie Stewart, ambos correndo com Lolas equipadas com motores Ford, participaram da prova daquele ano. Hill sagrou-se vencedor e Jim obteve a segunda colocação (desta vez dirigindo a Lotus 38 pintada de vermelho com o patrocínio dos aditivos STP). O bi-campeão foi novamente protagonista de uma das manobras mais esptaculares das 500 milhas. Quando liderava tranquilamente a corrida em sua parte final, repentinamente a traseira de sua Lotus escapa e como falamos na coluna anterior, a melhor coisa a fazer quando isso acontece em um oval, é não corrigir a traseira e deixar com que o carro volte a ficar em linha reta sozinho. Mas Clark simplesmente mandou às favas as leis da física e corrigiu a traseira do carro, que depois de três rodadas completas, todas contra esterçadas pelo escocês, parou em linha reta no sentido contrário da pista. Somando esse acontecimento, com o abandono de Jackie Stewart que ocupava a ponta, Graham Hill vencia a prova.
Mas Clark não deixaria de subir ao local mais alto do pódio correndo de fórmula nos EUA naquele ano, pois venceria o Grande Prêmio dos EUA de Fórmula 1, na lendária pista de Watkins Glen, dirigindo o complicadíssimo Lotus 43, como o mais do que exótico motor BRM de 16 cilindros em H. Certamente mais uma amostra da genialidade de Clark, pois aquele motor era considerado uma das maiores aberrações mecânicas que já passaram pelo automobilismo mundial.
Ainda em 1966, um fato mais do que curioso para os fãs da Fórmula Indy, protagonizado pelo Escocês Voador. Muito se fala da “internacionalização” da categoria, que acabou por resultar na fragilidade financeira pela qual a mesma passa pela atualidade e etc. Porém, acreditem, em 1966 a Fórmula Indy realizou uma corrida extra-oficial na pista de Fuji, no Japão! Ir uma vez ao ano para Motegi, realmente, não parece ser uma “proeza” perto do que significava uma categoria praticamente regional dos EUA, viajar para o Japão nos anos 60. Infelizmente por uma série de problemas técnicos, Clark não largou na etapa japonesa.
Em 1967, Jim Clark volta para Indianápolis, desta vez tendo Graham Hill como companheiro de equipe na Lotus. Infelizmente ambos abandonam com quebras nos pistões de seus motores Ford V8.
Em 1968 Jim iria estrear o famoso Lotus Turbina, nova promessa para revolucionar a Indy 500. O carro tinha um formato de cunha e tinha como motor nada menos do que uma turbina Pratt & Whitney, de helicóptero movida a gás. Infelizmente Clark viria a falecer em 7 de Abril de 1968 em uma corrida de Fórmula 2 em Hockenheim e assim o automobilismo mundial perdia um dos seus maiores ídolos e talvez o maior piloto de todos os tempos. Para substituir Clark na Indy 500, Colin Chapman escolheu o piloto inglês da Lotus na F1, Mike Spence, que morreu durante os treinos das 500 milhas, ao volante do Lotus 56 que seria guiado por Clark. Posteriormente o Lotus turbina foi considerado um carro demasiadamente perigoso e o seu projeto foi abortado. Tentaram adaptar o modelo para a Fórmula 1 em 1971, sem nenhum sucesso.
Passados exatos 42 anos da vitória de Jim Clark na Indy 500, Dario Franchitti se consagrava como o segundo escocês na história a vencer a tradicional corrida. Veremos se Dario irá conseguir repetir o feito esse ano, correndo agora pela equipe Chip Ganassi, seguramente a mais bem preparada da atualidade.


5 comentários:
A Indy 500 chegou a contar pontos para o Mundial de F1 na década de 60?
Jim foi incrível! Gostaria de ter presenciado suas façanhas...
A Indy 500 fez parte do calendário da Fórmula 1 entre 1950 e 1960, quando Jim Clark e também Jack Brabham,Graham Hill, entre outros disputaram a Indy 500 ela já não fazia parte do calendário.
Durante o tempo em que ela esteve entre as provas da F-1 o pentacampeão Juan Manuel Fangio tentou disputá-la uma vez, em 1958, mas o carro não era bom e ele desistiu antes mesmo dos treinos oficiais.
A Indy trouxe várias inovações, como o uso do cinto de segurança para os pilotos, além da injeção eletrônica, duvidaram dele quando chegou com um Lotus de motor traseiro para a prova, mas o tempo provou que a Lotus estava certa em posicionar na traseira o motor.
Clark é um dos maiores d etodos os tempos. Suas participações na INdy foram épicas e se não tivesse falecido em 1968, teria vencido em Indianápolis e tb tinha levado o campeonato do mesmo ano.
Na década de 1950, mais precisamente em 1957, realizou-se no oval externo do autódromo de Monza, na Itália, uma corrida nos moldes das 500 Milhas de Indianápolis, e que foi vencida pelo piloto norte-americano Jim Rathman, que venceria a Indy 500 de 1960. O oval externo de Monza foi usado nos GPs de F-1 de 1955, 1956, 1960 e 1961, este último de muito mais triste memória, pois foi naquele ano em que um acidente com a Ferrari do piloto alemão Wolfgang Von Trips causou a morte imediata deste e de mais treze espectadores, atingidos pelos destroços da Ferrari.
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