Fim da linha para o homem que dividiu o automobilismo norte-americano.

Tony George não está mais a frente do IMS e da IndyCar.

Em 1994 iniciaram-se as primeiras conversas para a criação de uma segunda categoria no automobilismo norte-americano, e no inicio de 1996 se concretizou tal fato, e uma nova categoria foi concebida, a Indy Racing League (IRL) que tinha a sua frente Tony George, que era dono também do Indianápolis Motorspeedway.

De 1996 a 2008 a categoria criada por Tony George rivalizou com a Fórmula Indy que era comandada pela falida CART e que depois virou ChampCar, e que em fevereiro do ano passado após doze anos de rivalidades voltaram a se unir. (Veja aqui a história cronológica da Indy)

Nesta terça feira à noite o presidente do Indianápolis Motor Speedway (IMS) e fundador da IRL, Tony George decidiu deixar os cargos que ocupava após o pedido do conselho diretor das empresas Hulman-George para que ele estruturasse uma equipe visando gerar mais eficiência nos negócios, além de que ele pudesse liderar a IRL de forma mais concentrada.

Acreditava-se que Tony George ainda continuaria como comandante principal da IRL, mas seu papel principal na categoria passará a ser apenas como dono de uma equipe da categoria, já que ele é também fundador e dono da equipe Vision Racing, que nesta temporada conta com o piloto Ed Carpenter.

Devido à recente unificação entre Champ Car e IRL, e contando com uma equipe formada ao longo dos anos que ele considera capaz de gerenciar a categoria, Tony George tratará basicamente de manter seu carro nas pistas. No entanto, ele continuará fazendo parte do conselho diretor das empresas Hulman-George e continuará trabalhando com o objetivo de alcançar os objetivos de todas as empresas da família.

Durante os treze anos de rivalidade entre IRL e CART/ChampCar, é estimado que o dirigente tenha gasto 600 milhões de dólares com a categoria que ele fundou e outros 60 milhões de dólares com reformas no Indianápolis Motorspeedway para receber a Fórmula 1 para o ano de 2000 a 2007. Uma pequena amostra que tivemos dos gastos de Tony George é com relação a sua própria equipe. Até a corrida de Indianápolis, o piloto norte-americano Ryan Hunter Reay vinha correndo no segundo carro da equipe Vision, após a corrida mais famosa da Fórmula Indy, George decidiu abolir o carro de Nº21 para diminuir gastos, já que não tinha combustível financeiro para manter dois carros na pista este ano.

Desde que fundou a equipe Vision Racing em 2005, Tony George começou a se afastar do dia-a-dia da Indy Racing League, e aos poucos foi confiando o poder na mão de dois executivos da Fórmula Indy: Brian Barnhart que é o chefe executivo de operações, e está presente na rotina da IndyCar e de Terry Angstadt que recentemente esteve em Ribeirão Preto para tentar realizar a corrida da Indy no Brasil que é presidente da divisão comercial da categoria.

A IndyCar no momento segue sem um Presidente ou um Diretor Geral, mais conhecido nos Estados Unidos como CEO, mas para o cargo de Presidente do Indianápolis Motor Speedway, ficará sob responsabilidade de Jeffrey G. Belskus.

“Essas mudanças vão garantir as empresas de nossa família uma proximidade entre George e nossas companhias, e em especial o crescimento da Fórmula Indy” disse a mãe de George, famosa personagem que da a ordem de largada aos pilotos nas 500 milhas de Indianápolis.

A reação dos envolvidos com a categoria foi de alívio, pois era incerto o futuro da IRL. O brasileiro Tony Kanaan disse, segundo o jornalista Robin Miller, que ficou bastante preocupado com as notícias que corriam desde o mês passado, pois sabia que Tony George havia colocado muito dinheiro e dedicado sua vida à IRL. E, assim sendo, saber que o comprometimento da família Hulman-George com categoria continuará é um motivo de alegria.

Kevin Kalkhoven, que era um dos donos da extinta Champ Car, e que foi um dos principais responsáveis pela unificação das duas categorias ano passado, está preocupado sobre o produto que é a IRL atualmente. Kalkhoven diz que agora é esperar para ver o que acontecerá, e que não sabe o rumo que a categoria irá tomar, mas entende que a família Hulman-George irá manter a categoria, além da tradição da mesma. As preocupações de Kalkhoven estão ligadas às corridas e aos orçamentos. Segundo ele, existem problemas pelo fato das corridas estarem perderem a emoção que era marca registrada da Fórmula Indy, além do uso de tecnologias já consideradas velhas, e dessa forma ele conclui que a categoria precisa de novos carros e motores o mais rápido possível. E afirma que ainda é preciso reduzir os custos da categoria.

*Agradecimento especial ao amigo Tarcísio de Fortaleza-CE pelo empenho na ajuda da tradução.

5 comentários:

Anônimo disse...

Concordo, alguem tenque fazer alguma coisa(se possivel neste ano), a indy nesse ano está muito chata, tem que trocar esses dallhalas feios e obsoletos.
Para o ano que vem eles tem que colocar umas pistas novas ovais e mistos.
P.S:otima matéria.
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Natanael disse...

Acho que a Indy devia buscar provas rentáveis e uma diversificação maior ainda do tipo dos circuitos. Assim como providenciar a troca desse carro atual. A prova de Richmond, desculpe o termo, foi um tremendo pé-no-saco. Não conteceu absolutamente nada na pista. Era impossível ultrapassar. Fora que as equipes Ganassi e Penske, as que tem mais grana e estrutura estão ficando a anos-luz a frente das demais. Nem a Andretti-Green tem conseguido acompanhá-los. Mas essa saída do Tony George me leva a um rumo de incerteza sobre a Indy

Anônimo disse...

ALELUIA!!!

Que a Indy volte a ser oque ela era nos anos 90......que venham carros novos, motores novos...mais circuitos em outros países....

Porque se continuar assim, teria que mudar o nome pra Fórmula Penske!!!

Diogo Yoshida disse...

Graças a DEUUSSSS esse kra saiu fora!!!

Tomara q a IRL volte a ser como a CART foi nos anos dourados da decada de 90 e inicio do novo milênio...tomara q mudem os chassis!!!...tomara q passemos a ter + de um motor e pneus disputando novamente!!! tomara q tenhamos pistas melhores e mais pilotos disputando o campeonato!!!!

leonardo-pe disse...

ainda bem q esse figura,saiu.esse toni george,rachou a indy quando a categoria estava bem.mesmo sem pilotos como mario andretti,nigel mansell,arie lyuendayk(não sei se o sobrenome está certo),scott goodyear,danny sullivan e outros.truxe a formula 1,q anda mal das pernas e não conseguiu emplacar a formula 1 nos estados unidos.sem falar q em 2005,só 6 carros correram o gp por que as outras equipes não tinham pneus confiaveis para essa pista.esse conceito deste figura(toni george)está totalmente ultrapassado.só oval(isso fica para a nascar)só piloto dos estados unidos,só um chassi e só um motor é falta de visão de mercado.a indy só cresceu no fim dos anos 80 e parte dos anos 90 quando tinha concorrencia.esse monopolio atual só faz mal a indy!

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