Olá galerinha do Blog da Indy. Escrevo minha ultima coluna antes da final do campeonato 2009 da Fórmula Indy. Até a etapa de Toronto apostava todas as fichas em Dario Franchitti e depois disso passei a apostar em Scott Dixon, não sei por que, mas nunca acreditei no Ryan Briscoe, posso estar errado, mas para mim ele nunca se mostrou um campeão, ao contrario de Dario Franchitti e Scott Dixon que além de serem campeões se comportam de tal forma. Mas independente de quem ser o campeão, com certeza será merecido. Nas ultimas semana fizemos matérias especiais sobre os três, e todos eles merecem, mas só um leva.
Porém, o que vamos conversar hoje não é sobre o “G3”, mas sim os pilotos que estão na “zona de classificação para a sul-americana” e até mesmo o pessoal próximo a “zona de rebaixamento”. É, este ano aprendemos muito de futebol no meio das corridas, que é impossível não fazer algumas comparações com o maior produto cultural brasileiro que pertence a uma única emissora de TV e repassa para outra, que esta outra é exatamente o veiculo de comunicação que exibe a Fórmula Indy, felizmente neste final de temporada de forma completa e ao vivo.
Começo falando de um piloto que me surpreende a cada prova, Graham Rahal. Ocupando a sétima posição na tabela de classificação com quinze pontos a menos que a quinta colocada Danica Patrick, Rahal se mostra muito competitivo em qualquer tipo de circuito. Ainda muito longe do que foi a Newman Haas Lanigan Racing em sua história da ChampCar, o piloto sofre com a migração da equipe para a Indy Racing League, a falta de patrocínio para um segundo carro, e claro, a falta de um companheiro de equipe fixo e mais experiente que ele mesmo, isso em virtude do segundo cockpit estar alugado para quem trazer mais dinheiro. Nas provas onde Oriol Servià competiu, os pilotos tiveram bons resultados, como a última corrida no Japão. Graham tem dois pódios nesta temporada e com um equipamento ainda longe de Ganassi, Penske e próximo da Andretti Green vem superando alguns pilotos de Michael Andretti. Nem de longe, Graham comete seus erros de sua temporada de estréia em 2007 quando a Newman Haas era a maior equipe da ChampCar. Homestead é um oval parecido com os quais a equipe do falecido Paul Newman vem se firmando como candidata ao pódio pelo menos. Vale lembrar que Graham venceu sua primeira corrida que disputou pela Indy Racing League, ano passado, já que ele não competiu na abertura do campeonato por ter destruído seu carro na semana da corrida.
Outro que vejo com bons olhos uma vitória, e seria bastante merecida, é a parte final de campeonato que Mario Moraes vem fazendo. A décima quinta posição que Mario Moraes ocupa na tabela de classificação não reflete o que o paulista vem fazendo neste ano. Com inúmeros problemas nos boxes, no carro, na pista e a falta de experiência aliada a vontade de andar rápido, fez com que o piloto estivesse nessa posição abaixo do seu desempenho visto nas pistas. Mario Moraes sempre colocou seu carro da KV Racing Technology em excelentes posições no grid de largada, mas na hora da corrida sempre acontecia alguma coisa, ou cometida por ele mesmo, ou pelos outros, em Edmonton, por exemplo, foi tirado da corrida por seu companheiro de equipe Paul Tracy. Mas nas ultimas corridas, além de suas boas posições no grid, o piloto conseguiu finalizar entre os cinco primeiros, e o pódio em Chicago veio em excelente hora. Por isso, vejo uma vitória como muita merecida para encerrar seus trabalhos neste ano e poder negociar seu futuro com a KV ou mesmo outras equipes com muito mais moral.
Danica Patrick é outra que acredito que mereceria uma vitória. Nunca fui fã da pilotagem desta mulher, e repudio todas as suas encenações a partir do momento que se levanta do cockpit, a Indy nunca precisou deste showzinho armado dela, mas cada vez mais em baixa, talvez a categoria precisa mais de “estrelas comerciais” do que pilotos que fazem a diferença na pista. Danica começou o ano como sempre, envolveu-se em um acidente e fez a ginástica da mídia, braço pra cima, cabeça pros lados e sapateando, a vítima foi Raphael Matos. Mas depois disso, a piloto da equipe Andretti Green Racing parece ter deixado de lado o estrelismo e resolveu acelerar. Danica é a única que pode terminar o campeonato entre os pilotos da dupla Ganassi e Penske, dependendo de uma combinação de resultados, a piloto do carro Nº 7 pode finalizar o certame no quarto lugar. E pelos seus resultados obtidos nesta temporada, uma vitória também seria bastante merecida e coroaria seu ano onde mostrou maior constância na Fórmula Indy.
Claro que torcemos por Hélio Castroneves,Tony Kanaan e Raphael Matos. Mas os dois primeiros já são consagrados por tudo que fizeram nos últimos onze anos. Raphael Matos acredito que ficou devendo ainda nesta temporada, mas tem tudo para decolar no ano que vem e mostrar porque foi campeão de todas as categorias que passou.
Espero que a vitória não fique com um dos pilotos que será campeão, pois eles praticamente se isolaram dos demais. Penso também que se Will Power tivesse um carro para toda a temporada os pontos dos três primeiros seriam melhor divididos e hoje poderíamos ter cinco pilotos na briga do campeonato.
Sendo assim, minha torcida ficará para estes pilotos nesta ordem Graham Rahal, Mario Moraes e Danica Patrick, afinal, conseguir vencer uma prova em uma temporada dominada por Chip Ganassi e Penske não é para muitos, vide que apenas Justin Wilson da pequenina Dale Coyne conseguiu tal feito, feito este que não vem repetindo aquele desempenho há muito tempo, diga-se de passagem, o grandalhão inglês fez apenas duas boas exibições, sua vitória e seu terceiro posto na corrida inaugural.
------------------------------------------------------------------------------------------
Jackson Lincoln Lopes é graduando no último ano em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá e colabora com o site amigos da velocidade escrevendo notícias relacionadas a Fórmula Indy, além de ser editor do Blog da Indy e possuir um acervo com mais de quinhentas corridas da Indy desde 1979 em sua coleção.
Email para contato: jacksonlincoln@uol.com.br
Porém, o que vamos conversar hoje não é sobre o “G3”, mas sim os pilotos que estão na “zona de classificação para a sul-americana” e até mesmo o pessoal próximo a “zona de rebaixamento”. É, este ano aprendemos muito de futebol no meio das corridas, que é impossível não fazer algumas comparações com o maior produto cultural brasileiro que pertence a uma única emissora de TV e repassa para outra, que esta outra é exatamente o veiculo de comunicação que exibe a Fórmula Indy, felizmente neste final de temporada de forma completa e ao vivo.Começo falando de um piloto que me surpreende a cada prova, Graham Rahal. Ocupando a sétima posição na tabela de classificação com quinze pontos a menos que a quinta colocada Danica Patrick, Rahal se mostra muito competitivo em qualquer tipo de circuito. Ainda muito longe do que foi a Newman Haas Lanigan Racing em sua história da ChampCar, o piloto sofre com a migração da equipe para a Indy Racing League, a falta de patrocínio para um segundo carro, e claro, a falta de um companheiro de equipe fixo e mais experiente que ele mesmo, isso em virtude do segundo cockpit estar alugado para quem trazer mais dinheiro. Nas provas onde Oriol Servià competiu, os pilotos tiveram bons resultados, como a última corrida no Japão. Graham tem dois pódios nesta temporada e com um equipamento ainda longe de Ganassi, Penske e próximo da Andretti Green vem superando alguns pilotos de Michael Andretti. Nem de longe, Graham comete seus erros de sua temporada de estréia em 2007 quando a Newman Haas era a maior equipe da ChampCar. Homestead é um oval parecido com os quais a equipe do falecido Paul Newman vem se firmando como candidata ao pódio pelo menos. Vale lembrar que Graham venceu sua primeira corrida que disputou pela Indy Racing League, ano passado, já que ele não competiu na abertura do campeonato por ter destruído seu carro na semana da corrida.
Outro que vejo com bons olhos uma vitória, e seria bastante merecida, é a parte final de campeonato que Mario Moraes vem fazendo. A décima quinta posição que Mario Moraes ocupa na tabela de classificação não reflete o que o paulista vem fazendo neste ano. Com inúmeros problemas nos boxes, no carro, na pista e a falta de experiência aliada a vontade de andar rápido, fez com que o piloto estivesse nessa posição abaixo do seu desempenho visto nas pistas. Mario Moraes sempre colocou seu carro da KV Racing Technology em excelentes posições no grid de largada, mas na hora da corrida sempre acontecia alguma coisa, ou cometida por ele mesmo, ou pelos outros, em Edmonton, por exemplo, foi tirado da corrida por seu companheiro de equipe Paul Tracy. Mas nas ultimas corridas, além de suas boas posições no grid, o piloto conseguiu finalizar entre os cinco primeiros, e o pódio em Chicago veio em excelente hora. Por isso, vejo uma vitória como muita merecida para encerrar seus trabalhos neste ano e poder negociar seu futuro com a KV ou mesmo outras equipes com muito mais moral.
Danica Patrick é outra que acredito que mereceria uma vitória. Nunca fui fã da pilotagem desta mulher, e repudio todas as suas encenações a partir do momento que se levanta do cockpit, a Indy nunca precisou deste showzinho armado dela, mas cada vez mais em baixa, talvez a categoria precisa mais de “estrelas comerciais” do que pilotos que fazem a diferença na pista. Danica começou o ano como sempre, envolveu-se em um acidente e fez a ginástica da mídia, braço pra cima, cabeça pros lados e sapateando, a vítima foi Raphael Matos. Mas depois disso, a piloto da equipe Andretti Green Racing parece ter deixado de lado o estrelismo e resolveu acelerar. Danica é a única que pode terminar o campeonato entre os pilotos da dupla Ganassi e Penske, dependendo de uma combinação de resultados, a piloto do carro Nº 7 pode finalizar o certame no quarto lugar. E pelos seus resultados obtidos nesta temporada, uma vitória também seria bastante merecida e coroaria seu ano onde mostrou maior constância na Fórmula Indy.
Claro que torcemos por Hélio Castroneves,Tony Kanaan e Raphael Matos. Mas os dois primeiros já são consagrados por tudo que fizeram nos últimos onze anos. Raphael Matos acredito que ficou devendo ainda nesta temporada, mas tem tudo para decolar no ano que vem e mostrar porque foi campeão de todas as categorias que passou.
Espero que a vitória não fique com um dos pilotos que será campeão, pois eles praticamente se isolaram dos demais. Penso também que se Will Power tivesse um carro para toda a temporada os pontos dos três primeiros seriam melhor divididos e hoje poderíamos ter cinco pilotos na briga do campeonato.
Sendo assim, minha torcida ficará para estes pilotos nesta ordem Graham Rahal, Mario Moraes e Danica Patrick, afinal, conseguir vencer uma prova em uma temporada dominada por Chip Ganassi e Penske não é para muitos, vide que apenas Justin Wilson da pequenina Dale Coyne conseguiu tal feito, feito este que não vem repetindo aquele desempenho há muito tempo, diga-se de passagem, o grandalhão inglês fez apenas duas boas exibições, sua vitória e seu terceiro posto na corrida inaugural.
------------------------------------------------------------------------------------------
Jackson Lincoln Lopes é graduando no último ano em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá e colabora com o site amigos da velocidade escrevendo notícias relacionadas a Fórmula Indy, além de ser editor do Blog da Indy e possuir um acervo com mais de quinhentas corridas da Indy desde 1979 em sua coleção.Email para contato: jacksonlincoln@uol.com.br
3 comentários:
O "Brian Riscou" anda falhando muito apesar de ser um cara rápido. Franchitti e Dixon são grandes pilotos, o primeiro chegou a ser vice campeão em 1999 e o segundo ja é tri-campeão e maior vencedor da IRL. Já os nosso brasileiros estão mal das pernas. O Helinho é isso aí, ganha algumas corridas (inclusive Indianápolis) mas o campeonato ele deixa escapar sempre - vamos ver ano que vem. O Tony já foi campeão, mas não arrumou nada nos últimos 4 anos. Os mais novos estão aí, para quem sabe no futuro ganharem alguma coisa. Mas a minha maior torcida mesmo é para a Indy finalmente se levantar. No Brasil a transmissão tem que ser melhor e o GP Brasil, se houver, deveria ser com o autódromo lotado e boa cobertura da mídia. A IRL poderia anunciar os novos chassis porque os cacarecos Dallara já estão na hora de irem para o ferro velho (o carro da Danica nesta coluna é bonitinho, mais pela pintura do que pelo design). Poderia haver provas no México, Austrália e até na Europa. Para acompanhar a Honda nesta jornada épica de fornecer motores para a Indy uma outra marca poderia entrar (já ouvi falar no interesse da Audi-Volkswagen). Portanto, toda a sorte do mundo para o Terry Angstad e (logicamente, escondido das irmãs) o esdrúxulo Tony George na condução da categoria. Um abraço!!!
Deixa eu consertar... O Franchitti é vice-campeão da CART em 1999 e campeão da IRL em 2007
Danica está mais constante esse ano, concordo, mas quando a equipe era uma das mandatárias dentro da pista na categoria nunca obteve resultados a altura. Graham Rahal está em ascensão assim como a Newman-Haas. Mario Moraes tem sido a maior evolução da Indy esse ano. Mesmo acreditando que eles conseguirão alguma vitória no futuro, não creio que será em Homestead, afinal em circuitos de 1,5 milhas a Penske e a Ganassi sobram. Outro que deve incomodar nessa prova é o Carpenter. Piloto que só se dá bem em ovais e quando está com um carro bem acertado, pode brigar pela vitória assim como no Kentucky. Pena pilotos como o Ryan Hunther-Reay, Justin Wilson, Dan Wheldon, Tomas Scheckter não estarem em equipes melhores.
Postar um comentário