2012 é logo ali! O sucesso é um pouco mais longe.

Fórmula Indy começa nova era em 18 meses, mas falta muito para ser dourada.

As inovações tecnológicas a partir da temporada 17ª temporada da Fórmula Indy sancionada pela Indy Racing League promete colocar a categoria em um patamar bem mais importante dentro do cenário do automobilismo mundial. No entanto, a direção terá mais trabalho do que nunca para fazer com que a Fórmula Indy tenha o mesmo espaço que teve em meados dos anos noventa.


O fã da Fórmula Indy sofreu muito ao longo da última década. Para quem está lendo esta coluna e ama seu time de futebol, é a mesma coisa que seu clube do coração ficar mais de dez anos na fila. Muito disso se deve a administração, no caso da Indy, principalmente pelo principal vilão apontando pelos fãs da categoria, Tony George. Felizmente, este cidadão está um pouco afastado da categoria, digo pouco porque ainda tem uma equipe na Fórmula Indy e internamente deve ter algum poder, pois quem foi dono de Indianápolis e de uma categoria, mesmo sendo um fracassado, não iria aceitar ser calado tão facilmente como aparentou ser no ano passado perdendo poderes e mais poderes no mundo do Open Wheel norte-americano.

Escrevo este texto, pois acompanho muitos comentários em comunidades no Orkut e no Twitter, e claro, aqui em nosso espaço. Vejo nestes três segmentos que os torcedores da Indy estão super entusiasmados com a nova direção e as notícias que nos fazem criar muitas expectativas boas. Sempre fui muito otimista dentro do automobilismo, principalmente por sempre acreditar que a Champ Car (categoria na qual sempre defendi durante os anos da cisão) ganharia força após os anos em que os grandes times deixaram de competir nela. Hoje, sou um pouco mais cauteloso.

O grande vilão está longe da IndyCar Series?

Estamos na terceira temporada da Fórmula Indy (re) unificada e sinceramente parece estar mais fraca do que o primeiro ano. Na primeira temporada (2008), tivemos em muitas corridas um grid com muita qualidade e geralmente na casa dos 27 carros. Certamente esta temporada é bem melhor que a do ano passado, não em termos de competitividade, pois ano passado tivemos um campeonato sendo decidido nas últimas voltas por três pilotos. Em 2008 apenas Dixon e Castroneves disputaram o título, neste ano vejo apenas Power e Franchitti na disputa pela taça desde a etapa de Indianápolis. Poderíamos ter os dois pilotos empatados em número de pontos não fosse a quebra de Franchitti em Iowa, quando liderava a corrida, seriam mais 38 pontos para o escocês.

Voltando para o assunto principal, em 2012 vamos ter finalmente o novo carro da Fórmula Indy depois de nove temporadas com os ultrapassados Dallara, criado em 2003. A boa notícia é que junto com o novo carro teremos também novos motores. Como todo fã queria, os propulsores serão turbinados. Na parte técnica ainda falta uma coisa que os torcedores gostariam de ver, a competitividade entre marcas de chassis e motores. No meu ponto de vista isso não quer dizer muita coisa. O calendário da categoria também é motivo de discordâncias entres os fãs. Uns querem mais ovais, outros menos e para outros (como eu) pensam que este atual número está de bom tamanho. A grande maioria dos fãs apóiam a volta das pistas tradicionais como Michigan, Fontana, Road America, Laguna Seca, Cleveland, Surfer’s Paradise e Portland.

Pistas tradicionais já deveriam estar de volta a categoria?

Pois bem, então falta pouco. Apenas ajustar o calendário e trazer novas marcas de motores e teremos a Indy dos sonhos?

Não, não é só isso infelizmente. Falta muito mais que isso. O prestígio da categoria foi abalado nestes doze anos. Uma geração inteira de torcedores como nós, deixou de acompanhar a Fórmula Indy. Não só aqui, como em todo o mundo e principalmente nos Estados Unidos, base da categoria. Como o novo fã do automobilismo observa a Indy? Será que ele gosta mais dela do que de outra?

Nas doze corridas disputadas até agora neste ano, apenas quatro provas foram mostradas ao vivo na TV aberta norte-americana. As cinco etapas restantes de 2010, todas serão exibidas pela Versus TV, um canal por assinatura que não chega a muitas casas “yankees”. Com a exibição de provas em canais fechados, os patrocínios e os valores pagos as equipes são menores, gerando equipes mais fracas financeiramente e pilotos com salários não exorbitantes. Uma marca não vai divulgar onde o alcance de visualização é baixo.

O grande problema da Indy é a TV, ou melhor, a falta de uma TV aberta.

Falando em grana para os pilotos, a IndyCar está com uma premiação pouco interessante para os pilotos, exceção feita é claro as 500 milhas de Indianápolis. Will Power, atual líder do campeonato tem aproximadamente 800 mil dólares conquistados neste ano, enquanto que o líder do campeonato da Nascar, Kevin Harvick tem quatro milhões a mais que Power. Para se ter uma idéia, o ex-piloto de Fórmula Indy, Casey Mears que compete esporadicamente na Nascar tem 942 mil dólares em prêmios em apenas nove corridas que disputou. Mears é apenas o 43º colocado no campeonato da Nascar Sprint Cup. Dario Franchitti é o piloto que mais faturou neste ano na Indy, soma mais de três milhões em prêmios, sendo que 80% deste valor veio da conquista em Indianápolis.

A categoria precisa de patrocínios fortes para as equipes.

A premiação na Fórmula Indy é baixa devido a um fator que é de real interesse para as equipes pequenas e até mesmo os times médios. A Indy tem uma política de um pagamento anual de aproximadamente dois milhões dólares por carro inscrito no campeonato integral. Com isso, as premiações ficaram com esses valores pouco significativos para os pilotos. Enquanto este valor fixo pago ao carro inscrito fica com a equipe. Essa medida foi feita para fortalecer as equipes menos competitivas.

Uma categoria que sempre foi sinônimo de competitividade está perdendo esta identidade. Quando a crise da cisão estava em seu auge, a equipe Newman Haas foi dominante na ChampCar enquanto a Andretti Green aniquilou na Indy Racing League. Hoje, com as duas categorias unidas o que vimos é um campeonato dominado por dois times, Chip Ganassi e Penske. Para se ter uma idéia, desde a fusão, das 51 provas disputadas, estas duas equipes venceram 38 provas.

Com muitos destes fatores somados, o grid certamente terá uma qualidade bem acima do atual. As equipes com bons patrocinadores não precisarão mais sobreviver a pilotos que geram o orçamento do time. Nos anos 90 e até mesmo depois da virada do milênio, muitos pilotos foram convidados a testar carros na Fórmula 1. Hoje, isso é raro. Os últimos a testarem os bólidos europeus foram Mike Conway pela BrawnGP e John Hildebrand na Force India em novembro passado.

O que falar da quantidade de pilotos que deixaram a Fórmula 1 para buscar uma vida melhor na Indy? O atual campeão da temporada da Fórmula Indy, Dario Franchitti testou na McLaren e viu que não teria espaço, chegou a CART graças a uma parceria da Mercedes com a Hogan. Atualmente a grande exceção é Justin Wilson e mais recentemente Takuma Sato.

Um dos passos mais temidos e que a Indy deve pensar nisso diariamente é com relação a internacionalização da categoria. Muitos julgam este ter sido o maior problema da CART. Mas, a Indy atual tem seu carro feito por uma construtora italiana, os pneus e motores são feitos fabricados pelos japoneses. Será que Randy Bernard pensa em expandir sua categoria para outros continentes? Esta talvez seja a maior das dúvidas que cercam os dirigentes da Fórmula Indy.

Então, vamos mais devagar. Temos muito o que comemorar, mas dizer que a partir de 2012 tudo será perfeito não é tão simples.
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Jackson Lincoln Lopes é Professor de Educação Física graduado pela Universidade Estadual de Maringá e colabora com o site Amigos da Velocidade escrevendo notícias relacionadas a Fórmula Indy. Criou o Blog da Indy no início de 2009. Também é colecionador de miniaturas da categoria e de corridas da Indy, onde possui um acervo com mais de 500 corridas da Indy desde 1979 em sua coleção.
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23 comentários:

leonardo-pe disse...

esse tony george,firmou grande parceria co bernie eclestone(o todo poderoso da F1.ou a"prostitura da F1".quem paga mais,entra no circuito)nos anos 90.é o mesmo q trouxe de volta o gp dos EUA para a F1 em 2012.alguem tem dúvida q foram eles q acabaram com indy-CART?eu não duvido!sobre a supremacia das equipes Penske e Chip-Ganassi,é assustador!meritos tambem para esse pateta de óculos!parabens pelo texto Jackson!

James Azevedo disse...

Muito legal a sua coluna sobre o futuro da Indy, Jackson. E realmente para ficar mais interessante para os patrocinadores, eles precisam de mais visibilidade nos EUA, ou seja, uma campanha publicitária melhor, uma tv que tenha maior alcance durante pelo menos a maioria do campeonato... enfim... acho que é por aí.

Thomperson disse...

Para 2012 ser perfeito falta muita coisa. Mas para a partir de 2012 a F-Indy viver um dos melhores períodos de sua centenária história, falta ainda vários ajustes. O caminho está na direção certa, mas passos mais largos e consistentes precisam ser feitos.

Concordo que a questão da TV nos EUA é fundamental. Ou volta a ter todas as corridas na ABC e ESPN/ESPN2, ou arruma um jeito de passar mais da metade das provas na CBS ou NBC. Antigamente a F-Indy não queria passar uma temporada sem transmissão por TV aberta na maioria das provas, e acontecia de uma ou outra corrida de meio de temporada ser transmitida por uma emissora concorrente da ABC, tipo NBC ou CBS.

Outra questão vital é oferecer oportunidades ótimas aos pilotos "Made in USA". A F-Indy está em uma fase de muitos estrangeiros no grid, e os americanos são esmagadora minoria. Precisa de astros americanos, grandes pilotos americanos, estrelas americanas, mas que VENÇAM corridas e títulos. Não é bairrismo, mas a F-Indy precisa valorizar melhor o produto de seu próprio berço. Pois sem astros americanos vencendo títulos, os fãs americanos não se interessam pela categoria, e não ligam a TV (mesmo que sendo um canal aberto) para ver pilotos da Inglaterra, Austrália, Escócia, Nova Zelândia e Brasil vencendo. Quiçá assinar VersusTV para ver isso!

Resolvendo esses dois últimos "problemões", fica mais fácil de resolver os probleminhas. Os problemas ainda maiores eram a fusão (que durante a maior parte da década de 2000 parecia que nunca iria acontecer) e a troca do chassi-motor (que já está a caminho de acontecer em 2012).

Dos probleminhas destacaria o equilíbrio de ovais e mistos no calendário. Para 2011 a projeção, segundo os boatos, é de 16 corridas, sendo 9 em mistos (56%) e 7 em ovais (43%). Há um pouco de descompasso aí.

Primeiro que a F-Indy é uma categoria na qual 16 pistas, que significa 16 mercados, é muito pouco. A Indy tem potencial para estar presente em 20 mercados!

E estando em 20 pistas, o ideal seria que 10 fossem mistos, e 10 ovais. Falta arranjar mais 3 ovais, e deixar que entre mais 1 misto (dentre os vários que mostram interesse em entrar, através das corridas de rua).

Se o novo carro resolver a questão da contenção de custos, fica mais fácil ampliar o número de corridas, já que um budget atual, que é capaz de fazer 17 provas por ano, será capaz de fazer mais de 20, já que os novos equipamentos devem ser até 40% mais baratos. O calendário poderia ser aumentado em até 40%, o que significaria 23 corridas!
Mas acho que 20 está bom.

Voltar aos circuitos tradicionais por um lado é importante, por outro nem tanto. Eu diria que mais importante é estar presente nos mercados certos.

Sobre isso falo na 2ª parte do comentário.

Thomperson disse...

Continuando, a volta aos circuitos tradicionais, desde que representem presença em mercados importantes, é fundamental para alicerçar a F-Indy nos EUA. Pois alia tradição com presença nos lugares mais interessantes para os patrocinadores.

A base da F-Indy é a região Meio-Oeste dos EUA, que compreende desde as Grandes Planícies até a região dos Grandes Lagos (alí onde tem Ohio, Michigan, Wisconsin, Illinois, Indiana...). No calendário atual a F-Indy deixou de competir nos estados de Wisconsin e Michigan. É necessário voltar à estes mercados, principalmente Michigan, seja com a corrida de rua em Detroit, seja no tradicionalíssimo super-oval de 2 milhas Michigan International Speedway.

Um retorno ao Wisconsin é programado pela direção da F-Indy desde que o tradicionalíssimo oval de 1 milha The Milwaukee Mile resolva seus problemas de operação e volte a funcionar. Mas enquanto espera a Justiça dar uma solução, não custaria ir para Elkhart Lake enquanto isso?

Outro local importante para a F-Indy seria a região Oeste dos EUA, principalmente a parte dos desertos. O oval de Las Vegas (da SMI) vem negociando com a F-Indy, ou mesmo o retorno ao oval de 1 milha Phoenix International Raceway seria ótimo para a categoria.

Não deixar Homestead sair do calendário também, pois manter uma base na região de Miami, e no sul da Flórida, é fundamental.

Laguna Seca só seria viável caso Sonoma saísse, pois 2 corridas na mesma região (norte da Califórnia, área de influência da cidade de San Francisco) é impossível. Uma corrida tiraria público da outra. E para Sonoma sair é difícil, já que a IRL vem estreitando laços com a SMI, dona deste circuito misto californiano.

Uma alternativa seria a volta à Portland, já que fica em uma região que há pouca competição de outras pistas, e a IRL nunca correu, a Costa Pacífico-Noroeste.

Cleveland seria a pista mais desejável de retorno, mas 2 corridas no estado do Ohio (pois já tem Mid-Ohio) é algo a se pensar. Acredito que com a saída de Mid-Ohio (difícil, pois a Honda banca a corrida) as chances de Cleveland aumentariam muito. Mas há interesse de alguns empresários da metrópole em fazer voltar a corrida no aeroporto de Burke Lakefront para 2012!

De resto, vejo Surfer's Paradise como a pista que a Indy nunca deveria ter perdido. Os pilotos australianos estão em sua melhor fase na história (com Will Power, Ryan Briscoe e o nascido na Austrália, Scott Dixon), e o evento seria importante para, aliado às vitórias dos "tasmânicos", solidificar a Indy naquela região do Mundo.

Por outro lado a F-Indy buscou um mercado interessantíssimo para 2011: A megalópole do Nordeste americano, a maior "rede" de grandes cidades e metrópoles de todo o continente americano, que compreende as regiões que vão do entorno de Boston até Washington, incluindo Nova York, Filadélfia e Baltimore. E é justamente na última que a F-Indy realizará uma corrida de rua em pleno feriado do dia do trabalho. Um evento altamente promissor!
Sem contar o retorno ao oval de 1 milha de New Hampshire, onde a CART correu por 4 anos na década de 90. Como fica a menos de 2 horas de Boston, pode-se considerar mais uma corrida na área dessa megalópole!

Sobre a internacionalização falo na última parte.

Thomperson disse...

Internacionalizar a F-Indy tem que ter limites.

A identidade da categoria está muito ligada aos pilotos americanos, às corridas em pistas americanas e aos circuitos ovais, liderados por Indianapolis. Deixar com que qualquer um desses fatores de identidade tenha uma presença menor do que 50% é um sinal vermelho para a categoria.

Ter menos do que 50% de pilotos americanos no grid a F-Indy já tem há alguns anos! Por mais que tentem achar que não, mas a realidade mostra que o fã americano se identifica mais com o ídolo americano. Talvez o heróico Hélio Castroneves seja uma exceção, mais por seu estilo ultra-simpático de ser, e pelos fatos que marcaram sua carreira, além das 3 vitórias em Indianapolis, e talvez o veterano e competente Dario Franchitti também, muito por conta de seu casamento com a popular atriz Ashley Judd. Mas tirando essas exceções, o fã americano simpatiza com ídolos nascidos e criados nos States, e não em Ribeirão Preto, Brasil, ou que venham de uma família italiana que imigrou para a Escócia.

Por isso é fundamental formar um grande número de bons pilotos de monopostos que sejam americanos e mantê-los na categoria, afastando a tentação pela riqueza ao chegar em 40° lugar em Martinsville na Nascar.

Menos do que 50% das corridas nos EUA é difícil da F-Indy atingir, até por uma razão de orçamento (sair viajando o mundo todo é caro demais para uma categoria que se propõe a ser de custos modestos, e não há interesse pela categoria em mais do que 6 países fora os EUA). Muito embora a falida ChampCar conseguiu esse feito em sua última temporada (fez 3 corridas no Canadá, 1 no México, 1 na Austrália, 2 na Europa e 7 nos EUA, ou seja, 50% fora e 50% dentro). Certamente por isso que faliu...

Já os 50% de pistas ovais, insisto, é necessário. Ir muito além disso, não.

Não devemos ter um calendário só de ovais como a IRL teve entre 1996 e 2004, pois isso afasta o interesse e prestígio internacional pela categoria.

Não devemos ter um calendário só de mistos como a ChampCar teve em seu último ano, 2007, pois isso afasta completamente o interesse e prestígio doméstico, americano, pela categoria.

Equilibrar é preciso.

Que pelo menos varie entre 45% e 55%, não indo muito além disso. Se tiver 14 ovais e 3 mistos, como a IRL teve em 2005, ainda sim o prestígio internacional é pouco. Se tiver 14 mistos e 5 ovais, como a CART teve em 2002, ainda sim o prestígio doméstico (americano) fica seriamente abalado e comprometido.

Com isso expliquei em detalhes muito do que acho que a F-Indy pode fazer para melhorar.

*Mais pilotos americanos de ponta
*Melhor cobertura televisiva nos EUA, com muito mais corridas em TV aberta
*Calendário equilibrado meio-a-meio entre ovais e mistos
*Presença nos 20 mercados mais interessantes para a categoria e seus patrocinadores
*Manter um alto grau de identidade americana, e com uma internacionalização moderada.

Com tudo isso aliado à contenção de custos que o novo carro-motor trará, podemos realmente ficar otimistas que a década de 2010 será uma das melhores da história centenária da formidável F-Indy!

Josele Garza disse...

Ainda falta é muito para termos uma nova Indy que era boa do tempo pré-cisão e dos anos dourados da CART. Esse período não volta mais na minha opinião. A categoria estragou muito depois que CART virou IRL e IRL virou Champ Car. Para voltar a ter 10% do que era antes, vai ter que melhorar e muito.

Vamos ver se agora não censuram meu comentário como fizeram no post anterior...

Fabio Henrique disse...

Se você não tornar a falar de Danica Patrick em cada linha que escreve e não provocar, não será apagado. Mas caso continue agindo feito um porco como de costume, será apagado sem dó.

Anônimo disse...

Muito bom texto do Thomperson. Acho que vocês disseram tudo. Agora, acho que a Indy tem que se livrar desse Tony George bobão. E tem que buscar novos mercados.

denner disse...

Vamos ver se estas idéias possam ser lidas pelos dirigentes da IndyCar. Quem sabe?

Anônimo disse...

Vai ter q partir pra ficar mais internacional mesmo. Ou então da um chute em alguns estrangeiros pra botar mais americanos, se não, toda a mudança vai esbarrar justamente na falta dos "da casa". Se vc olhar pra Indy Lights vc vê q o futuro da Indy é esse mesmo.
Não tem jeito, a falta de dinheiro na premiação, esse "amor americano-redneck" de correr só em oval e a reduzida quantidade dos ovais na Indy, leva pilotos e fãs pra NASCAR.
Quer apostar quanto q, se rolasse uma separação de novo, e criacem uma categoria cheia de americanos e um calendario só de oval, ia lotar? xD

Anônimo disse...

Anônimo, essa sua tese de nova categoria cheia de americanos e calendário só de ovais já foi testada pelo Tony George, quando criou a IRL em 1995.

A proposta do Tony George foi criar uma categoria de monopostos que corresse só em circuitos ovais, com pilotos americanos e com custos reduzidos, pois os motores seriam derivados de carros de rua e seriam preparados pelas próprias equipes.

Nos primeiros anos até que a IRL era interessante, com grids cheios de carros cobertos de patrocínios baratos, muitos pilotos ruins e alguns bons, como o Tony Stewart, o Arie Luyendyk e o Kenny Brack.

Como sabemos a idéia de Tony George fracassou e tenho para mim que o motivo principal foi a migração das equipes da antiga CART e dos motores Honda e Toyota para a IRL. O ponto de inflexão foi a participação e a vitória da equipe Chip Ganassi na Indy 500 de 2000.

Depois disso foi que tudo mudou e os custos foram para as alturas, causando a crise que está longe de acabar.

Anônimo disse...

Todo mundo sabe disso, foi por isso q foi dito "Quer apostar quanto q, se rolasse uma separação DE NOVO"

Pancho Carter disse...

Acho que a Indy não vai acabar... A Indy 500 é muito forte nos EUA e por isso acho muito difícil o fim da categoria. Quanto aos pilotos americanos, sim fazem falta, mas o que fica mais evidente é o interesse deles pelos ovais mais do que os mistos que os levam à NASCAR. Acho que aí é que a coisa aperta. Mas se olharmos para os anos 90 vemos que quando Emerson, Mansell e Villeneuve venciam na Indy a categoria estava ficando muito internacionalizada e só crescia no panorama do automobilismo mundial. Também estava forte nos EUA com praticamente todos os circuitos lotados (VIDE YOUTUBE)tanto mistos quanto ovais (Vejo no Youtube corridas em Laguna Seca e Elkhart Lake no início dos anos 80 antes mesmo da "fase Emerson" com o grid repleto de norte-americanos. O que detonou mesmo foi a crise que levou a separação CART X IMS em 1995 e o crescimento da NASCAR como a única categoria americana de grande nível.

Anderson disse...

Pessoal aqui tá mandando bem nos comentários do bom texto do Jackson. Sem dúvidas a Indy está crescendo. Devagar, e isso é bom. Melhor assim do que querer dar um passo maior que a perna, ir pra Europa, colocar 25 corridas na temporada e etc....

É verdade que a exposição na TV caiu nos últimos anos, mas provavelmente o interesse vai aumentar com o novo carro.

E sobre pilotos estrangeiros, americano não é igual a brasileiro que só torce pra piloto de mesma nacionalidade. Eles adoram figuras como o Hélio, TK, Franchitti. Eles distinguem muito menos a nacionalidade que nós brasileiros. É lógico que tem que ter alguns americanos lutando por vitória, mas o mais importante é o alto nível dos pilotos e a "simpatia" deles.

A Indy não voltará a ser o que foi a CART no período 94-2000 (mais ou menos). Mas parece estar firmando uma base pra crescer de forma consciente.

Natanael disse...

Acredito que mesmo com as mudanças e com a volta a circuitos tradicionais a Indy não voltará ao que a categoria foi na década de 90. Graças ao (des)serviço de Tony George em 95 com a fundação da IRL. A separação foi um golpe baixo no automobilismo de monopostos. Com a criação da IRL e a divisão de atenção com a CART, a NASCAR cresceu desenfreadamente e hoje é o "top" do automobilismo nos EUA. E, mesmo assim, sofre com a crise econômica e o público nos autódromos em algumas etapas vem diminuindo. Imaginem o que sobra para a Indy? Gostaria de ver de novo a diversidade de equipes vencendo provas ou na luta por elas, até pela essência do esporte ser a competitividade e isso existia de sobra na Indy antes da separação e até o fim da década de 90 na CART. Mas acredito que quem viu a Indy antes de 96 viu? Quem não viu não verá novamente aquilo.

Danny Sullivan disse...

Tem o Ryan-Hunter Reay que é americano e anda muito bem e é totalmente ignorado. Não sei não se lotar a categoria de americanos vai fazer tanta diferença assim. No auge quando tinha o Mansell, o Fittipaldi e o Villeneuve, será que a audiência nos EUA era toda pra ver o Little Al e o Michael?

Se é assim a NASCAR vai pra o buraco também porque cada dia que passa tem mais gringo correndo.

Será que o Allmendinger fez crescer a audiência quando ganhava tudo na CART? Não sei.

E não adianta nada entupir de circuitos de rua novos também, só os geógrafos de plantão acham isso maravilhoso. Não interessa, tem que ouvir o PÚBLICO e botar Elkhart Lake e Laguna Seca. Não é possível que seja tão difícil assim. Agora só um louco pra achar que fazer um circuito de rua travado em Massaxussetis é melhor do que voltar com os tradicionais!

Alexandre Lourenço disse...

Gostei de ver, todas as opiniões foram bem construtivas então deixe-me dar a minha.
Eu acho que americano é torcedor da melhor qualidade por que como o caro amigo aqui disse , americano não é tão nacionalista como nós brasileiros metidos a besta por que pra ele tanto faz de que país o piloto é ou se chegou em segundo ou terceiro, se esse piloto conquistar o americano então esse vai ser adorado com certeza a exemplo do Helinho e do Tony.No dia quem ambos deixarem a categoria, terão uma despedida que poucos merecem.

Anônimo disse...

Ah mas eu ja vi muito americano dizer q deixou a Indy por causa da falta de pilotos americanos, e esse fato tbm é citado na historia da ChampCar/Indy como um dos motivos da queda de audiencia e separação.
Sobre a NASCAR, toda vez q vejo um americano falar q não assiste a Indy por falta americanos nela, eu falo pra ele "Em questão de diversidade de pilotos, o presente da Indy é o futuro da NASCAR"

Anônimo disse...

Penso que o pior da indy hoje é seu calendário, é muito fraco. Uma das características do esporte a motor europeu é a manutenção de provas históricas como Monaco, Monza, Silverstone e Spa na F1, e Brno, Sachsenring e Assen no motociclismo. Falta corridas históricas como Laguna Seca, Cleveland, os sensacionais ovais de Fontana e Michigan, os curtos Millwaukee e Phoenix.
Claro que não é só esse o problema, mas poderia ser uma solução de identidade (ou falta dela).

Mark Donohue disse...

Vi varios pontos a serem apontado:
* manutenção de circuitos tradicionais
* mais pilotos americanos
* mais tv aberta nos EUA
* mais circuitos ovais em relação aos mistos...

Mas acho que a coisa só vai dar pé quando boas parecerias empresarias ($$$$$$) também se associarem à Indy. Aí tem como investir bastante em marketing o que pode também atrair investimentos de grupos de mídia. O que acham???

Anônimo disse...

Jackson e Amigos, estas propostas (falo sério mesmo) podiam chegar no pessoar da IRL. Ninguém aqui tá falando besteiras... Não acham?

anonimus disse...

No youtube tem vários comentários em inglês detonando to nosso amigo Toinho Jorge ver: "1996 CART Laguna Seca - "The Pass""

leonardo-pe disse...

texto bom,otimo debate.claro,haverão discordancias(e é natural)mas,esse aqui NINGUEM apelou.anonimus:eu vi essa prova de 1996(quando era do SBT)e vi essa ultrapassagem do zanardi em cima do herta.e algo semelhante aconteceu 2 anos depois em long beacht envolvendo os mesmos.coitado do brian herta q foi"a vitma"!

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