Indy Lights -> O caminho para a CART nos anos 90.

Em 1986, os dirigentes da CART, viram que apenas a Toyota Atlantic não bastaria para revelar novos talentos e para renovar a Fórmula Indy. Foi então criado um novo campeonato de base para se chegar a Indy, a American Racing Series (ARS), que anos mais tarde (1991) seria renomeada para a nossa então conhecida Fórmula Indy Lights. De 1986 até 1992, a CART fornecia para a Indy Lights chassis March da F-3000 que eram modificados e renomeado nos EUA para WildCat. A partir de 1993, a já experiente Lola, iniciou a confeccionar chassis, os motores eram um Buick V6.
A categoria teve seu apogeu entre 1993 a 1998, quando tinha "title sponsor" o que significa ter um nome de um patrocinador junto ao nome da categoria, teve patrocinadores como PPG, Firestone e Dayton. Na virada do século, com o início da crise da CART, a Indy Lights foi uma das primeiras instituições a ser afetadas, já que para dimnuir gastos, muitas equipes que disputavam a CART e a Indy Lights, retiraram seus carros da categoria de acesso, o que levou e desinteresse e a falência da categoria. Em 2001, foi o último ano de existencia da Indy Lights controlada então pela CART. No ano de 2002, a IRL criou o campeonato IRL Infiniti Pro Series, que deu continuidade a Indy Lights. No início deste ano, com a junção das duas categorias principais do automobilismo de monoposto norte-americano (ChampCar e IRL) a Firestone resolveu trabalhar em cima da Pro Series e renomeou novamente o campeonato de acesso ao principal campeonato de monopostos da américa de Firestone Indy Lights Series.

Campeões da extinta categoria:

1986 - Fabrizio Barbazza -Itália
1987 - Didier Theys - Bélgica
1988 - Jon Beekhuis - EUA
1989 - Mike Groff - EUA
1990 - Paul Tracy - Canadá
1991 - Eric Bachelart - Bélgica
1992 - Robbie Buhl - EUA
1993 - Bryan Herta - EUA
1994 - Steve Robertson - Inglaterra
1995 - Greg Moore - Canadá
1996 - David Empringham - Canadá
1997 - Tony Kanaan - Brasil
1998 - Cristiano da Matta - Brasil
1999 - Oriol Servià - Espanha
2000 - Scott Dixon - Nova Zelandia
2001 - Townsend Bell - EUA

Curiosidades da categoria:

Em 1993, a categoria teve uma classe B, Galdi participou de quatro provas.

Tony George já correu na Indy Lights pela AJ Foyt em 1989, seu melhor resultado foi um sétimo lugar nas ruas de Long Beach, terminando o campeonato em 12º.

Dois campeões da Indy Lights correram se quer uma vez na IndyCar, são eles: Steve Robertson e David Empringham.

Em 1998 o Brasil teve sua melhor participação na categoria com Tony campeão, Hélio vice e Cristiano da Matta em terceiro.

Alguns pilotos para chegarem a Indy/CART e IRL tiveram que mudar de categoria, para a Toyota Atlantic, são os casos de Patrick Carpentier, Matt Halliday, Dan Wheldon e Rodolfo Lavín.
Dos campeões da IndyLights, dois conquistaram o título na Indy/CART (Cristiano da Matta e Paul Tracy), dois conquistaram títulos na IRL (Scott Dixon e Tony Kanaan), 7 vencedores na CART (Paul Tracy, Bryan Herta, Greg Moore, Tony Kanaan, Cristiano da Matta, Oriol Sérvia e Scott Dixon) e formou dois pilotos para a Fórmula 1 (Fabrizio Barbazza e Cristiano da Matta).

Brasileiros na Indy Lights:

Marco Greco
Fausto Galdi*
André Ribeiro
Tom Steffani
Niko Palhares
Affonso Giaffone
Gualter Salles
José Cordova
José Giaffone
Paulo Carcasci
Mauricio Slaviero
Tony Kanaan
Hélio Castroneves
Luiz Garcia Jr.
Cristiano da Matta
Sergio Paese
Airton Daré
Felipe Giaffone
Oswaldo Negri Jr.
Nilton Rossoni



André Ribeiro defendendo a Tasman em 1994, foi o primeiro brasileiro a vencer uma prova de Indy Lighs. Depois dele Gualter Salles, Tony Kanaan, Hélio Castroneves, Cristiano da Matta, Luiz Garcia Jr, Felipe Giaffone e Airton Daré também conquistaram ao menos uma vez o lugar mais alto do pódio na categoria.
Em meados dos anos 90’, patrocinadores brasileiros tanto na CART como na sua categoria de base, eram comuns, o curioso é ter patrocínios paranaenses.



Sérgio Paese correu com a marca “Shopping da Construção de Maringá”.

Airton Daré correu vários anos estampado o Banco do Estado do Paraná, o Banestado . Banco este que fechou as portas, quando foram retirados indevidamente do país mais de US$ 84 bilhões através de contas, o caso ficou conhecido no país todo como o Escândalo Banestado.