Em abril de 1987, a revista Christophorus publicou em primeira mão, o anuncio feito por Peter Schutz, o diretor da da Porsche A.G. e Quentin E. Wood, o presidente da companhia petrolífera Quaker State, com sede no estado do Texas. Da união entre estas duas empresas gigantes, sairia a criação de uma equipe para a Fórmula Indy. A petrolífera já patrocinava diversas provas da Fórmula Indy na época, e patrocinava alguns carros, afinal, pois teria lugar melhor que um campeonato de monopostos para divulgar sua marca na época? Já a Porsche vinha animadíssima da Fórmula 1, pois venceram três campeonatos com o motor Porsche TAG turbo. Com isso a CART ganhava uma nova e poderosa equipe.
O objetivo da Porsche era muito ambicioso, mas com muito esforço técnico e com bons dólares para serem investidos nos monopostos norte-americanos, eles entraram decididos a enfrentar todos os problemas que viriam pela frente. Como as corridas da CART na década de 80, eram acompanhadas por um gigantesco público presente nos autódromos e ainda tinha uma grande cobertura da TV para os Estados Unidos, ganhar uma corrida com seus próprios motores, significaria para a montadora alemã ter muito prestígio nos meios de comunicação, e ganharia o mercado norte americano, onde tem seu maior potencial de vendas de carros da marca.
Este projeto da Porsche nasceu em 1975, com intuito de participar das 500 milhas de Indianapolis daquele ano, mas problema levaram a adiar o sonho para 1979. Quando já se estava montando o carro para competir na Indy, houve o racha na USAC, e foi criada a CART, um campeonato paralelo a USAC, a Porsche terminou pela metade seu projeto do carro da Indy, pois os carros da USAC tinham diferentes regulamentações técnicas dos carros da recém criada CART. Até que em 1987 a montadora alemã voltou a ter o sonho de entrar na Fórmula Indy, e o realizou no ano seguinte.
Para o cargo de gerente geral da equipe dentro das pistas, chamaram Derrick Walker, que estava trabalhando na Penske há vários anos. A idéia da Porsche era construir um chassi e motor para a temporada, mas Walker e os membros da equipe preferiram correr com um chassi March em seu primeiro ano. Os pneus da equipe, seriam os Eagle da Goodyear, e o piloto escolhido foi o italiano Toe Fabi. A estréia da equipe Porsche Quaker State estaria marcada então para a abertura do campeonato de 1988, em Phoenix.
Já nas pistas, o piloto italiano Teo Fabi que já tinha experiência na Indy, onde foi vice campeão no ano de 1983 pela equipe Forsythe com quatro vitórias e escolhido o novato do ano, não teve maiores dificuldades para ter domínio do carro, em sua reestréia na Indy. Nos treinos que definiu o grid de largada para a primeira corrida da Porsche na Indy, a equipe conseguiu uma nona colocação para largar no GP de Phoenix, já na corrida, Teo Fabi tirou a inexperiência da equipe no braço, conquistando uma sétima posição em sua volta na Indy e na estréia de sua equipe.
Depois da euforia da estréia, e da boa colocação na prova inicial do certame de 1988, a equipe teve uma série de insucessos, mas na segunda metade do campeonato, Teo Fabi conseguiu largar na terceira posição no GP de Meadowlands e conquistou uma quarta posição no GP de Nazareth. Ao fim da última corrida do ano, a equipe somava quarenta e quatro pontos, e a décima posição no geral.
O sonho desde a década de setenta, de ter um motor V8 para vencer as 500 milhas de Indianapolis era cada vez mais forte, a Porsche decidiu não fazer um chassi, mas sim desenvolver um junto a March, que em 1989 foi rebatizado de March89P.
O novo campeonato começou e nas duas primeiras corridas, nem se quer a equipe e Fabi chegaram perto da zona de pontos, a próxima prova seria no Indianapolis Motor Speedway. Teo Fabi conseguiu por o carro na quinta fila, na décima terceira posição, mas na corrida, na vigésima terceira volta Teo Fabi é obrigado a abandonar as 500 milhas devido a problema de ignição.
Tudo parecia estar contra a Porsche, mas na etapa seguinte em Milwaukee, Teo Fabi conquista uma excelente terceira posição, o que anima toda a equipe. Em Detroit, Portland e Cleveland, o piloto italiano termina consecutivamente na quarta posição e conquista a primeira pole para sua equipe no estado de Oregon. Mas foi em três de setembro daquele ano, que a Porsche finalmente comemorou a sua primeira vitória na categoria no circuito de Mid Ohio, Teo Fabi ainda fez a pole e dominou completamente a corrida. O piloto italiano ainda conquistaria mais dois pódium para a equipe. No final do ano, Teo Fabi terminou na quarta posição no campeonato.
Em 1990, a Porsche se reforça com o patrocínio da cervejaria Foster's, e coloca mais um carro na pista, além de Teo Fabi agora a equipe conta com os serviços de John Andretti. Os melhores resultados da equipe no ano, foram um terceiro lugar com Teo Fabi em Meadowlands, e dois quintos postos em Cleveland e Vancouver. Fabi termina na décima terceira posição no campeonato e Andretti em décimo. Ao fim da temporada de 1990, somando se os maus resultados e o dinheiro investido, a equipe perde o apoio da Quaker State, e decide se desligar da Fórmula Indy.
Primeiro carro da Porsche na Indy (não disputou provas oficiais)
Teo Fabi vencendo em MidOhio
John Andretti em 1990



0 comentários:
Postar um comentário