
Texto feito por Bobby Rahal e adaptado por Jackson.
A IndyCar Series chegou em nossas telas por meio da TV Bandeirantes, em agosto de 1985. O grande idealizador e condutor desse, e de outros eventos esportivos para a televisão brasileira, era Luciano do Valle, que havia saído da Globo após a Copa do Mundo de 1982 e ido para a Record. Dois anos depois, acabou indo para a Rede Bandeirantes de televisão. O que motivou Luciano do Valle a trazer as transmissões para o Brasil há quase 20 anos atrás, foi o excepcional desempenho do brasileiro Emerson Fittipaldi na categoria, na primeira metade do campeonato de 1985. Emerson, na sua segunda temporada na CART, havia liderado várias voltas nas 500 milhas de Indianapolis daquele ano (até quebrar) e havia conseguido a surpreendente primeira vitória na CART nas 500 milhas de Michigan, em 28 de Julho de 1985.
Uma semana depois da vitória de Emerson, no dia 04 de Agosto de 1985, o Brasil foi surpreendido naquela tarde de Domingo com as imagens ao vivo de Elkhart Lake, nos Estados Unidos, onde a CART corria uma prova de 200 milhas, começaram a transmissão já com a corrida iniciada .A Bandeirantes continuou a transmitir as provas finais daquele campeonato.
Nas pistas, além de Emerson Fittipaldi, estavam na Fórmula Indy mais brasileiros: Roberto Moreno, Raul Boesel (que corria algumas provas quando o seu patrão Dick Simon não corria) e Chico Serra que correu apenas o GP de Portland.
A temporada de 1986 começou em Abril com transmissões variadas para o Brasil. Na abertura do campeonato, a Bandeirantes enviou toda sua equipe para Phoenix, passando ao vivo a corrida. Já na próxima etapa em Long Beach, a emissora paulista passou um compacto da prova da califórnia na semana seguinte. E foi assim durante o ano todo, principalmente no meio do ano, pois com a realização da Copa do Mundo de futebol, sediada pelo México, até mesmo a transmissão das 500 milhas de Indianapolis foram prejudicadas, devido as fortes chuvas no domingo da corrida, sendo tranferida para o próximo sábado, mesmo dia que daria início aos jogos do maior evento do futebol mundial.
No ano seguinte, a Bandeirantes e Luciano do Valle continuaram com os direitos de imagens da categoria para o Brasil, transmitindo nos mesmos moldes de 1986, passando corridas em video tape (vt), mas a maioria do campeonato de 1987, as provas foram vivo, como as 500 milhas de Indianapolis.
As transmissões obscuras da TV Bandeirantes continuaram, e em 1988, a Bandeirante se quer exibiu algumas provas, porém em outras, como Mid ohio e claro as 500 milhas de Indianapolis.
O ano de 1989 começou péssimo para os fãs da Fórmula Indy. As provas de Phoenix e de Long Beach não foram transmitidas pela Bandeirantes e a revista GRID (que cobria a CART no Brasil e não durou nem um ano) especulava que a Rede Manchete negociava a aquisição dos direitos de transmissão das corridas para o Brasil. Mas eis que a Bandeirantes surpreendentemente retornou e transmitiu as 500 Milhas de Indianápolis de 1989 ao vivo, com Luciano do Valle e Elia Junior em Indianápolis. Essa prova foi histórica para nós não somente pela vitória de Emerson Fittipaldi, mas pelo fato da vitória de Emerson ter viabilizado o início efetivo das transmissões da Fórmula Indy para o Brasil. Todas as corridas posteriores daquela temporada de 1989 foram transmitidas ao vivo e Emerson venceria ainda as provas de Cleveland, Portland, Detroit e Nazareth para se sagrar campeão da temporada. A
Bandeirantes nunca mais deixou de transmitir as corridas da categoria até o final da temporada de 1992 e a categoria se tornava cada vez mais conhecida.
Em 1993, a Rede Manchete conquistou os direitos de transmitir para todo Brasil as provas da Fórmula Indy, assim a Bandeirantes encerraria as suas transmissões de corridas de monopostos até 1996, com a criação da IRL.
Depoimentos da época:
"Vou bater palmas na arquibancada", foi a declaração do apresentador e diretor da Rede Bandeirantes, Luciano do Valle sobre a perda da Fórmula Indy para a TV Manchete.
"Eu não participei das negociações e só posso lamentar o resultado", acrescentou, esclarecendo que o assunto foi tratado diretamente pelos empresários Johny Saad e José Roberto Maluf, sócios da Bandeirantes.
"Infelizmente, não houve reconhecimento do que nós fizemos", Luciano deixou escapar em determinado momento. "Estou falando do lado profissional, do pessoal não quero nem falar. " Luciano do Valle disse que a Bandeirantes aceitou todas as propostas de Fittipaldi quanto ao preço a ser pago pelos direitos de transmissão. (Fonte Jornal Estadão)
Eis algumas curiosidades das transmissões da Bandeirantes na época:
- Luciano do Valle gostava de realizar transmissões ao vivo das corridas e era grande amigo de Emerson Fittipaldi. Essa amizade ficou profundamente abalada quando Fittipaldi, que detinha os direitos de transmissão da categoria para o Brasil, os vendeu para a Rede Manchete a partir da temporada de 1993.
- Outra característica das transmissões do final dos anos 80 era o fato de que as imagens não eram limpas, ou seja, era freqüentemente interrompida quando a emissora americana geradora entrava com os comerciais. Luciano do Valle reclamava disso no ar, mas isso era jogo de cena, já que se a Bandeirantes quisesse imagens limpas bastaria pagar um pouco mais.
- Além das presenças de Edgar de Mello Filho e de Roberto Cabrini no início das transmissões da Fórmula Indy para o Brasil e dos onipresentes Elia Junior e Luciano do Valle, alguns outros nomes passaram pelas transmissões da Fórmula Indy pela Bandeirantes: Alain Vignais, Willy Hermann, professor Julio Mazzei e as ex-esposas do Luciano do Valle: Silvia Vinhas e Maria do Carmo. Era curioso como Luciano do Valle as vezes colocava para comentar as provas algum amigo seu como o professor Julio Mazzei que não tinha nada a ver com automobilismo (ele foi preparador físico do Santos e do Cosmos).
5 comentários:
Ba, não entendo nada sobre este assunto. Mas gostei da ideia do blog, parabens!
beijos
PARABÉNS PELO BLOG
DE FÓRMULA 1 JA TEM VÁRIOS
ESTAVA FALTANDO UM DA INDY/CART E VOLTADO PARA A IDADE DE OURO DA CATEGORIA.
JÁ ADICIONEI AOS FAVORITOS
VALEU!!!
pelo amor de deus, luciano do valle foi um fiasco na narraçao da indy 300 nao sabe nada de automobilismo errou nome de pilotos a corrida toda, chamou tomada de curva de tangência, porra vo te falar, falta de respeito colocar uma pessoa dessas pra narrar o evento e deixando o telespectador que nao é expert no assunto todo perdido, se eu nao gosta-se de automobilismo e tivesse vendo a corrida nunca mais veria uma, espero que esse senhor ( luciano do valle) na proxima deixe quem sabe fazer seu trabalho, ou seja TEO JOSE, me ajude ai vai,,,,,,,
Deixa de hipocrisia, corrida mal feita, local indevido e transmissão pessima. Tem que colocar em um autodromo, se o cidadão que teve acidente morresse com o carro em cima dele queria ver. Demora no atendimento, o guindaste teve que rodar meia pista para socorre-lo, mesmo sabendo que ali era um ponto de perigo. Isso sem contar a poeira que parecia um Ralli com quebra molas. Na verdade nenhum piloto gostou do que viu, podem ate falar na Band que sim devido ao patrocinio e a educação, mas na verdade deu dó.
Isso sem contar, a transmissão parecendo que estava sendo filmada de celular e mais o Sr. Lucianio do Vale, sem saber nehuma estatistica de nada falando junto com o reporter de pista e ninguém entendendo nada...tem que se preparar gente não existe isso mais não. E mais, a Senhorita Patricia puxando saco no camarote do pessoal vai me entrevistar o Sr. Saad e ele está ao telefone, me ajuda ai, pior que ainda diz assim "ele esta em uma ligação importante" ´vc's estão de brincadeira!!!
O único brincalhão aqui é você meu caro.
Você pelo visto não esteve no Anhembi, pois viu tudo pela TV. Se estive lá, não despejaria tanta bobeira como fez no post acima. A idéia sempre foi fazer corrida na rua e não no autódromo. O Anhembi é o único lugar do Brasil acredito eu que teria uma capacidade parevida para abrigar uma corrida deste porte.
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