Já falamos dos pilotos que não conseguiram estrear na Indy em corridas e também já falamos dos pilotos que disputaram apenas uma única prova da Indy. Agora iremos falar dos pilotos que disputaram corridas da Fórmula Indy e não obtiveram o resultado mais esperado: a vitória. Não vou comentar sobre equipes competitivas ou não, deixo isso para vocês leitores expressar suas opiniões. Venho seguindo uma linha imparcial no blog, e quero mante-la.
Começamos falando do mais antigo deles, o paranaense Raul Boesel. O piloto curitibano disputou 199 corridas na Fórmula Indy, 172 válidas pelo campeonato da CART e outras 27 pelo campeonato organizado por Tony George, a Indy Racing League. Raul poderia ter chegado a incrível marca de 200 largadas, caso conseguisse classificar-se para as
O brasileiro correu por diversas equipes: Dick Simon (1985 – 1986, 1992 – 1994), Granatelli (1987), Shierson Racing (1988 – 1989), Truesports (1990), Rahal Hogan (1995), Team Green (1996 e 1999), Patrick Racing (1997), McCormack Motorsports (1998 – 1999), All American Racers (1999), Treadway (2000) e Bradley (2002).
O segundo piloto da lista dos mais experientes sem vencer é o brasiliense Vitor Meira. Vitor estreou em 2002 na categoria e correu as quatro últimas etapas daquele campeonato. Vitor disputou todas as suas noventa e três corridas pela Indy Racing League, e subiu ao pódio por quatorze oportunidades, seis vezes em terceiro e as outras oito em segundo, inclusive chegando nesta posição por duas vezes na Indy 500, em 2005 e 2008. Vitor também conseguiu por duas vezes largar na pole position na categoria, em 2002 conquistou o lugar de honra no Texas e em 2004 no oval de Milwaukee. Em 2006 conseguiu terminar na quinta colocação no campeonato, a melhor até o momento. O piloto da capital brasileira correu pela Menard (2002 - 2003), Rahal Letterman (2004 – 2005), Panther (2006 – 2008), A. J. Foyt (2008). Em 2009 Vitor tem contrato com a A. J. Foyt.
O paulista Marco Greco é outro bem experiente que não conseguiu vencer na Indy, somando 63 largadas na CART (quarenta largadas) e IRL (vinte e três), conseguiu apenas uma pole, em New Hampshire no ano de 1997 e um pódio também neste ano no oval de Dover Downs. Em 1997 terminou o campeonato da Indy Racing League em terceiro lugar. Correu pela: Sovereign Motorsports (1993), Arciero Project Indy (1994), Galles Racing (1995 e 1996), Scandia Simon (1996), A. J. Foyt (1996), Team Scandia (1997), Phoenix Racing (1998 - 1999).
O carioca Gualter Salles soma quarenta e nove largadas na Fórmula Indy, apenas em uma vez na Indy Racing League, as demais foram pela CART. Gualter nunca conquistou uma pole ou um pódio, e teve seu melhor resultado em Surfer’s Paradise na Austrália no ano de 2003, terminando neste ano em décimo nono no geral, sua melhor colocação na história da Indy. Passou pelas equipes: Davis Racing (1997), Payton Coyne (1998 e 2000), Bettenhausen (1999), Tri-Star Motorsports (1999), All American Racing (1999) e Dale Coyne (2003).

Mario Haberfeld teve trinta e duas largadas na Indy, todas sob chancela da CART – Champ Car, entre 2003 e 2004. Sua melhor colocação foi um quarto lugar em sua primeira corrida em Saint Petersburg em 2003 e Toronto 2004. Não conquistou nenhuma pole position. Em 2003 finalizou o ano em décimo terceiro no campeonato, sua melhor classificação. Passou pelas equipes: Conquest (2003) e Walker Racing (2004).
Outro piloto brasiliense que não conseguiu vencer na Fórmula Indy foi Luiz Garcia Jr. O piloto largou na Indy por trinta e uma oportunidades e a melhor colocação em provas foi o décimo primeiro lugar no Super Speedway de Michigan no ano de 2000. Terminou em vigésimo sétimo lugar na temporada de 2000. Teve passagens pelas equipes: Payton Coyne (1999), Hogan Racing (1999), Project Indy (2000) e Dale Coyne (2001).
O piloto paranaense Tarso Marques, é outro piloto que disputou uma temporada completa da categoria, e não teve sucesso na América. Todas as suas vinte e sete largadas foram dadas pela CART e Champ Car. O melhor resultado do piloto curitibano foi na última etapa do campeonato de 2000, na Califórnia, onde Tarso conquistou a sétima posição com um chassi Swift, o único piloto a utilizar este equipamento no ano. Em 2004 ficou em vigésimo segundo lugar, o melhor resultado. Equipes: Team Penske (1999), Panasonic/Swift Payton Coyne (2000), Dale Coyne (2004 – 2005).
Mario Moraes estreou em 2008 e correu todas as dezessete etapas do ano pela Dale Coyne. Mario chegou a liderar a corrida de Indianápolis por algumas vezes, mas o melhor resultado foi em Watkins Glen, com uma sétima posição, terminou o ano em vigésimo primeiro. No ano de 2009, Mario tem contrato com a equipe KV Racing.
Dois pilotos aparecem empatados com quinze largadas, e curiosamente os dois têm como melhores resultados o quarto lugar. O curitibano Enrique Bernoldi estreou na última corrida da história da Champ Car em Long Beach no ano passado, e conquistou o seu melhor resultado, não correu todo campeonato e ainda assim ficou em vigésimo segundo, Bernoldi defendia a equipe Conquest. Enrique acabou machucado para a etapa de Detroit, e o canadense Alex Tagliani assumiu o seu lugar até o fim do campeonato do ano passsado.
Já Max Wilson conquistou seu quarto lugar pela equipe Arciero Blair Racing em Portland no ano de 2001. Max correu na CART naquele ano e terminou o campeonato na vigésima quinta posição. Max não correu todas as vinte etapas, como falado, apenas quinze. Em seu lugar na equipe Blair, foi contratado o norte-americano Alex Barron, que correu até a etapa final em Fontana.

O goiano Jaime Camara disputou quatorze etapas na Indy e não conseguiu chegar também ao pódio. Com a fraca equipe Conquest terminou a temporada de 2008 em vigésimo terceiro lugar, tendo como melhor resultado a etapa de Mid Ohio, chegando em décimo quarto lugar.
Outro paranaense agora, Ricardo Sperafico correu a temporada de 2005 da Fórmula Indy pela equipe Dale Coyne e teve como melhor resultado a oitava posição no circuito de rua de Denver, terminando o campeonato em décimo sétimo lugar. Sperafico teve treze largadas na categoria, que era organizada pela Champ Car World Series.
O primo de Ricardo, Alexandre Sperafico é outro paranaense que correu na CART – Champ Car e não obteve resultados marcantes. Alex não teve a oportunidade de correr uma temporada completa se quer, correu duas provas em 2003, oito em 2004 e outras duas em 2005. O melhor resultado veio em Toronto 2005 quando ficou na oitava posição. O fato mais marcante na carreira dos Sperafico, foi que entraram na galeria de dois primos correrem juntos na categoria, como aconteceu com a família Unser e Andretti.
Affonso Giaffone Jr competiu na Indy Racing League no ano de 1997, largando em sete etapas das dez do campeonato. Conquistou um quarto lugar em Charlotte. Terminou a temporada em décimo sexto lugar. Vale lembrar que não contamos a prova de Indianápolis onde o piloto largaria em 32º, porém o piloto da família Giaffone e teve problemas ainda nas voltas de apresentações e acabou se envolvendo em um acidente com o sueco Kenny Brack e o francês Stéphan Grégoire. Equipes: Team Scandia e Chitwood Motorsports.
O amazonense Antonio Pizzonia é o último de nossa lista dos pilotos que disputaram mais de uma prova no campeonato da Fórmula Indy e não conseguiu vencer, no entanto Pizzonia disputou apenas cinco etapas, sendo quatro em 2006 e a última corrida da história da Champ Car em 2008. Também é válido dizer que Pizzonia liderou algumas voltas do GP de Montreal em 2006. Seus melhores resultados foram por duas vezes a décima posição em Long Beach e Austrália, ambos em 2006. Todas as suas largadas foram pela equipe de Paul Gentilozzi, a Rocketsports Racing.
6 comentários:
Como tem gente...
Desde Raul Boesel até o Pizzonia...
Caraca, mta gente passou pela categoria.
Claro, independente da capacidade do piloto com a equipe, é um número mto grande mesmo.
Uau, belo levantamento Little Jack :)
Relamente boesel conseguiu um recorde! E Parece que o Vitor Meira segue o mesmo ritmo. E os dois não mereciam isso. o resto dos pilotos, tem uma qualidade discutível...
ótimo post... desses, botei muita fé no bernoldi, a prova dele em st. pete foi sensacional.
eu tenho a classificação do affonso giaffone para as 500 milhas de 1996 (ou 1997) ao vivo na band, me lembra de postar lá no jpezzolo
abraços
realmente a lista é grande, e o Boesel realmente era um cara muito azarado. o Vítor com certeza vai engordar essa lista, agora correndo pela Foyt, mas quem sabe em um misto ele se dê bem, pois a Foyt sempre tem resultados razoáveis neste tipo de pista.
Estou torcendo muito para que o Vitor Meira consiga sua primeira vitória ba Indy. Ele é um bom piloto que ainda não conseguiu o triunfo de chegar ao lugar mais alto do pódio.
Abraços!
Leandro Montianele
Dos citados a maioria é de nivel médio pra baixo. Só lamento pelo Vitor, já mostrou que é bom... Falta sorte...
Pena pelo Boesel, bom piloto. Mas merecia pelo carisma!
Abs!
Postar um comentário