COLUNA Hélio Castroneves na RACING



A primeira coluna de Hélio Castroneves para a revista Racing, edição 51, setembro de 2000

"Inicialmente, gostaria de falar da minha alegria em passar a escrever aqui na revista Racing a partir dessa edição. Vai ser uma oportunidade de, mensalmente, contar tudo que acontece comigo e com a minha equipe na Fórmula Cart. Tem sido um ano muito bom para mim. Estreei na Penske, uma equipe fantástica, consegui as minhas duas primeiras vitórias na categoria e estou muito feliz com tudo que está acontecendo. Mas, como nem tudo sai como a gente imagina, gostaria de estrear minha coluna falando de um bom resultado, só que em Vancouver acabei abandonando. Coisas de corrida!
Todo mundo adora Vancouver. É uma cidade supermovimentada e a galera comparece mesmo para assistir os carros no centro da cidade. Em compensação, a pista é muito ondulada, dificil para acertar o carro e desgastante fisicamente. Nos primeiros treinos da sexta-feira, começamos com a pista úmida e aos poucos foi secando. Em uma situação dessas, a cada volta os tempos vão melhorando e fiquei com a quinta colocação.
No primeiro Qualifying, como o tempo estava nublado e um pouco frio, era muito difícil alcançar a temperatura dos pneus. Isso causava acidentes e logo no final fiquei com a quarta posição no grid provisório.
No segundo treino livre, no sábado, o tempo estava melhor, com um sol bem tímido e o frio ainda estava por ali. Nós mexemos bastante no carro para saber o que poderia melhorar. Os tempos melhoraram por causa da pista, mesmo assim, fui quarto.
A segunda classificação era a última chance de baixar o tempo e subir na classificação. Meu carro não teve uma melhora tão boa quanto eu esperava. Baixei o tempo que tinha anteriormente, mas só foi o suficiente para ficar mesmo em quarto lugar. Apesar disso, estava animado para domingo.
No warm up, procuramos testar mais o carro para a corrida do que para melhorar o tempo. O carro estava bom em algumas curvas e estava até mais rápido que na própria classificação. Resultado: 3° na geral.
Para a corrida - êta momento esperado!!! -, como ela seria curta, havia a possibilidade de arriscar estratégias diferentes, até mesmo uma parada seria possível. Logo na largada não tive como me alinhar lado a lado, era muito estreito e o Gil não me deu muito espaço. Quando largamos, mantive a 4° posição. Várias badeiras amarelas estavam acontecendo no começo da prova, impossibilitando que os pneus chegassem a ter uma boa temperatura. Por isso, tive um pouquinho de trabalho defedendo minha posição. Quando tive que parar para fazer o primeiro pit stop, perdi duas posições, mas quando comecei a entrar no ritmo, na freada do final da reta, que é o ponto mais rápido da pista chegando a 190 mp/h (ou 304 km/h), algo quebrou na suspensão dianteira do carro, fazendo com que me chocasse com os pneus.



Graças a Deus nada aconteceu comigo!!!! Pois é, ainda não se sabe exatamente porque a suspensão quebrou, estão investigando. Enquanto isso, vamos para Laguna Seca, como todos já sabem. É um circuito muito divertido. Vamos lá para mais uma prova cheia de emoções.
Um forte abraço a todos os leitores da RACING e até a próxima coluna.

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