Fórmula Indy 2010: Análise das equipes - Parte IV


Tida como a equipe mais fraca e a menos profissional da Fórmula Indy, Dale Coyne nos últimos anos estava tentando reverter esta situação. Após ótimos resultados com pilotos de renomes como Oriol Servià, Cristiano da Matta e Bruno Junqueira, o ex-piloto que fundou a equipe em meados dos 80 teve que mais uma vez optar por vender seu cockpit nesta temporada. Se em 2009 o britânico Justin Wilson deu a primeira vitória ao time após 25 anos de luta de Dale Coyne no automobilismo norte-americano, o dono da modesta equipe com base em Plainfield, no estado de Illinois, perdeu seu principal patrocinador e o piloto para a Dreyer & Reinbold Racing. Com isso, Dale Coyne teve que recorrer aos dólares da venezuelana Milka Duno, a pior piloto que apresentou o pior desempenho nas pistas ao longo de todo o ano e acabou sendo motivo de piada em todos os cantos do planeta. No outro bólido da equipe, o britânico Alex Lloyd, campeão da Indy Lights de 2007 que Evinha batalhando um lugar na IndyCar, conseguiu na Dale Coyne Racing. Se o inglês não foi brilhante, ao menos não decepcionou. Conquistou o título de novato do ano e um quarto lugar nas 500 milhas de Indianápolis, algo inédito para a Dale Coyne no templo da velocidade, o que lhe rendeu quase meio milhão de dólares. Já Milka Duno, não conseguiu se quer classificar para a corrida mais importante da temporada.

ALEX LLOYD
Nacionalidade: inglês
Nascimento: 28/12/1984
Corridas disputadas: 17
Poles: -
Voltas na liderança: 3
Melhor resultado: 4º (Indianápolis)
Classificação geral: 16º
Pontos: 266

MILKA DUNO
Nacionalidade: venezuelana
Nascimento:
22/04/1972
Corridas disputadas:
16
Poles:
-
Voltas na liderança:
-
Melhor resultado:
19ª (Chicago, Kentucky e Motegi)
Classificação geral:
23º
Pontos:
184



Desde que chegou a IndyCar Series após a unificação com a ChampCar, a equipe HVM Racing está tentando sobreviver na categoria, apenas isso. O time que revelou na Indy Stefan Johansson, Patrick Carpentier e Hélio Castroneves na década de 90, hoje sofre com a falta de recursos. Mesmo nestes anos com grandes pilotos conduzindo o bólido Nº 16, a equipe nunca havia vencido uma corrida. O primeiro feito veio há oito anos com Mario Dominguez na Austrália quando o time já se chamava Herdez Competition. Em 2007, a equipe se transformou na Minardi Team USA e se tornou uma das mais fortes da ChampCar, com Robert Doornbos vencendo duas provas na temporada. O holandês voltou no meio do ano passado para o time de Keith Wiggins e teve seu contrato renovado para este ano. Contrato este que nunca foi cumprido por ambos. Surgiu então a possibilidade da grande estrela da Atlantic Championship de 2009 pilotar na Fórmula Indy, a promissora Simona de Silvestro. Logo em sua estréia, ela liderou quatro voltas nas desafiadoras ruas do circuito brasileiro, em São Paulo. A suíça que na época tinha 21 anos ganhou inúmeros fãs pelo planeta, pois em um carro pouco competitivo esbanjava talento. Simona não teve melhor desempenho nesta temporada devido a falta de experiência nos circuitos ovais. Foi em um destes circuitos, no Texas, que Simona proporcionou uma das cenas mais assustadoras em 2010. Após bater no muro do circuito texano, seu carro acabou sendo consumido pelas chamas de um vazamento de óleo e devido a demora dos fiscais da IndyCar Series no atendimento, o pânico se tornou ainda maior.

SIMONA DE SILVESTRO
Nacionalidade: suíça
Nascimento: 01/09/1988
Corridas disputadas: 17
Poles: -
Voltas na liderança: 4
Melhor resultado: 8º (Mid-Ohio)
Classificação geral: 19º
Pontos: 242


Após uma frustrante temporada de 2009 onde disputou pouco mais da metade da temporada, a equipe fez o que pode para se reestruturar e durante quase todo este ano de 2010 o time de Eric Bachelart alinhou dois carros no grid. O brasileiro Mario Romancini disputou as duas primeiras corridas do ano solitariamente e já na terceira etapa contou a chegada do belga Bertrand Baguette. Com o carro pouco competitivo devido as limitações financeiras da Conquest, os dois não decepcionaram. A grande meta dos dois pilotos de Eric foi o título de novato do ano, mas a não participação do campeonato integral de nenhum deles, não deixou com que os pilotos lutassem por este título. O brasileiro Mario Romancini participou das onze etapas iniciais deste ano e seu ponto alto na temporada foi durante as 500 milhas de Indianápolis onde concluiu a prova após 800 quilômetros como o estreante mais bem colocado, 13ª colocação. O melhor resultado do time no ano foi o décimo lugar na corrida do Kentucky a bordo de Baguette.

BERTRAND BAGUETTE
Nacionalidade: belga
Nascimento: 23/02/1986
Corridas disputadas: 15
Poles: -
Voltas na liderança: -
Melhor resultado: 10º (Kentucky)
Classificação geral: 22º
Pontos: 213

MARIO ROMANCINI
Nacionalidade: brasileiro
Nascimento: 15/12/1987
Corridas disputadas: 11
Poles: -
Voltas na liderança: -
Melhor resultado: 13º (St Pete e Indy500)
Classificação geral: 24º
Pontos: 149

TOMAS SCHECKTER
Nacionalidade: sul-africano
Nascimento: 21/09/1980
Corridas disputadas: 2
Poles: -
Voltas na liderança: -
Melhor resultado: 14º (Kentucky)
Classificação geral: 29º
Pontos: 26

FRANCESCO DRACONE
Nacionalidade: italiano
Nascimento: 21/09/1983
Corridas disputadas: 2
Poles: -
Voltas na liderança: -
Melhor resultado: 20º (Sonoma)
Classificação geral: 37º
Pontos: 24

SEBASTIAN SAAVEDRA
Nacionalidade: colombiano
Nascimento: 02/06/1990
Corridas disputadas: 1
Poles: -
Voltas na liderança: -
Melhor resultado: 16º (Homestead)
Classificação geral: 33º
Pontos: 14

ROGER YASUKAWA
Nacionalidade: norte-americano
Nascimento: 10/10/1977
Corridas disputadas: 1
Poles: -
Voltas na liderança: -
Melhor resultado: 20º (Motegi)
Classificação geral: 40º
Pontos: 12
* Tomas Scheckter disputou outras quatro provas pela equipe Dreyer & Reinbold Racing.
** Sebastian Saavedra disputou as 500 milhas de Indianápolis pela Bryan Herta Autosport
 
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