Helio Castroneves fica empolgado com a Stock Car da Austrália

Piloto brasileiro da Indy participou de prova de turismo em Surfers Paradise.

Helio Castroneves encerrou neste domingo, na cidade australiana de Surfer’s Paradise, a sua participação no evento ARMOR ALL GOLD COAST 600, disputado em circuito de rua em duas provas de 300 km cada, uma no sábado e outra neste domingo. O brasileiro da Penske de Fórmula Indy competiu em dupla com o australiano Tim Slade, com o Ford Falcon da Wilson Security Racing, e foi um dos 18 pilotos internacionais especialmente convidados para essa grande festa do automobilismo da Austrália.

Ao lado de Castroneves estiveram pilotando os Stock Car australianos Alan Menu, Alex Tagliani, Andy Priaulx, Dario Franchitti, David Brabham, Fabrizio Giovanardi, Gianni Morbidelli, Jacques Villeneuve, Mika Salo, Patrick Long, Ryan Briscoe, Scott Dixon, Scott Pruett, Sebastien Bourdais, Tiago Monteiro, Will Power e Yvan Muller.

“Estou impressionado com o profissionalismo da categoria”, disse Castroneves, que classificou as equipes e seus pilotos como sendo de alto nível. “Tudo é muito organizado, o público participa em bom número, o entusiasmo é enorme. Em todos esses dias pude ver como o australiano gosta da V8 Supercars e tem uma ligação muito forte com seus ídolos e equipes. Foi muito legal, mesmo, ter estado aqui”, definiu.

Embora não tenha ficado satisfeito com os resultados das provas, Castroneves destacou o aprendizado adquirido e a possibilidade de manusear um equipamento que não conhecia. “Na verdade, você sabe como é piloto, né? O cara não gosta de perder nem par ou ímpar (risos). Então, claro que fiquei frustrado em não obter melhores resultados. Mas o legal é que pude, em poucos dias, conhecer um equipamento totalmente novo para mim, aprendi bastante. Mesmo praticamente sem ter treinado, fui entendendo melhor o conjunto a cada dia e acho que pude contribuir com a equipe com um pouco de minha experiência no automobilismo. Foi legal demais”, definiu.

Pela experiência com o equipamento, a chefia da equipe definiu que as classificações para as duas corridas fossem feitas pelo teammate de Castroneves. Assim, Tim Slade posicionou o carro #47 em 18º e 23º, respectivamente. Já ao brasileiro coube largar nas duas corridas E, de imediato, ganhou uma posição após a largada da corrida do sábado, mas na segunda chicane foi obrigado a parar o carro simplesmente porque a pista estava bloqueada por causa de um grande engavetamento.

Embora ele tivesse evitado a batida e podido voltar à corrida, o fez de forma tardia porque a ré de seu carro não entrava com facilidade, além de ter outros competidores fechando seu caminho. Sendo assim, na última posição, completou a primeira das 102 voltas. Com o decorrer da prova, vise-se envolvido em várias disputas que se sucederam e entregou o carro para o companheiro após 36 voltas e depois de gravitar entre 13º e 17º na maior parte do tempo. Slade recebeu a bandeirada em 18º.

Neste domingo, Castroneves conseguiu galgar algumas posições na largada e, por adotar uma estratégia diferenciada, chegou a andar em 6º. Mas ao parar no pit sob bandeira verde, acabou perdendo parte do terreno que havia conquistado e, próximo do cumprimento de seu turno, foi bloqueado em outro acidente.

Apesar de avariado, conseguiu levar o carro de volta aos pits e o reparo que se seguiu durou cinco voltas. Dessa forma, quando Tim Slade entrou na pista, passou a ocupar o 20º posto e recebeu a bandeira uma posição à frente.

“Uma corrida de rua tem dessas coisas e as características totalmente diferentes do carro não foram favoráveis. Mas pude ver que o Tim Slade é um ótimo piloto e a equipe trabalhou muito bem. Só posso dizer que foi uma experiência incrível”, finalizou.

1 comentários:

Anônimo disse...

Hélio não tinha muitas chances mesmo, já que o carro que pegou não era de primeira linha. Aliás, ao ver a escalação das equipes se vê que as equipes de ponta, aquelas que estão disputando o título da temporada, pegaram pilotos australianos acostumados com a V8 Supercars para fazerem dupla com os seus pilotos titulares. As estrelas internacionais ficaram com os carros, equipes e parceiros meia-bomba e ruins.

Esse negócio de estrelas internacinais em dupla com pilotos regulares que disputam o campeonato já foi realizado pela TC 2000 argentina, na principal corrida da temporada deles, os 500 km de Buenos Aires.

Quem sabe algum dia a nossa Stock-Car não faz alguma corrida assim e atrai as grandes estrelas internacionais. Acho que é só uma questão de dinheiro, muito dinheiro.

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